domingo, 5 de maio de 2019

Casa de Madeira Lascada, Duas Mudas Nozes, Mudança para Vere, Pr, 1949


FAMILIA BORTOLLI SANTIN, Mudança Abdon Batista, Sc a Barra do Santana, Verê, Pr, 1949

Entrevista de 2015 em Concórdia, Sc, com primo João Antonio Santin e sua esposa, tambem presente sua falecida sogra, nona Martinello Hoenning, infelizmente já falecida, e que tambem colaborou nesta e em outras entrevistas, sobre como era a vida e as dificuldades enfrentadas na Barra do Rio Santana, município de Vere, Pr, onde o sogro do primo João Antonio era proprietário de uma pequena Balsa Fluvial para passagen de pessoas, carros, etc, no referido Rio Santana, esta era acionada manualmente por remos, uma imensa dificuldade, mas mesmo assim se lograva êxito para a travessia, porque não havia outra forma de ultrapassar o referido rio de média largura, creio que algo entre 100 e 200 metros de largura. Perguntei a falecida Nona a respeito do Martinello ou Martinelli, segundo me disse, seu pai er na verdade de sobrenome MARTINELLI, mas por contínuos erros de grafia, haviam alterado para MARTINELLO.Também disse que a imigração Italiana de seus avós Martinelli foram direto as terras baixas em SC, região de Orleans, etc, etc, e que não foram como a grande maioria ao Rio Grande do Sul, que seus pais e avós, vieram por primeiro para Santa Catarina, onde anos depois rumaram ao Paraná, especialmente na região da grande Pato Branco e Francisco Beltrão.

Primo João Antonio Santin, filho de Romano Santin e Regina Bortolli Santin ( Por vezes Bortolli, mas disse que ha outras pessoas da Familia que são De Bortolli, porque ha confusão dos sobrenomes ), ele nasceu em 30 de Dezembro de 1944 em Linha São Paulino, município de Abdon Batista, Sc, onde viveram até 1949, quando ele tinha somente 5 anos de idade, seus pais e sua familia, resolveram se mudar para Barra do Rio Santana, Verê, Pr, no outro lado do Rio, sentido Pato Branco a Dois Vizinhos, Pr, lado direito da estrada, sua propriedade de seus pais ficava cerca de 4 km do atual asfalto que liga os municipios.

Perguntado sobre os demais irmãos de seu pai Romano, João não conheceu ha todos, porque alguns faleceram se ele ter conhecido, mas lembrou de alguns nomes : Antonio Santin, Luis Santin que segundo João era o pai de Sérgio, disse que um outro havia falecido, lembrou de algumas tias, dentre elas tia Maria Santin Xavier e tia Nina ou Virginia Santin Antunes, ambas de Curitiba, Pr, as quais eu conheci e até entrevistei ainda nos anos noventa em Curitiba, Pr. Lembrou primo João, que acreditava que seus tios, irmãos de seu pai, eram em torno de dez irmãos, entre homens e mulheres, mas por ter saido cedo de Abdon Batista, Sc, não lembrava no momento dos nomes dos demais tios, por ter convivido muito pouco com estes, devido a distância entre as cidades, naquela epoca.

Disse que eram em dois irmãos : Davide Santin, ele João Antonio Santin e mais cinco irmãs : Jovelina, Maria, Hilda, Odila e Iracema Santin. 

A mudança foi feita com uma caminhão Dodge usado, levaram cerca de tres dias para irem de Abdon Batista, Sc até o Verê, Pr, onde seus pais Romano Santin havia adquirido cerca de 50 hectares de terra de um amigo antigo da familia, que ja havia residido em Abdon Batista Sc e que anteriormente a eles havia se mudado para Barra do Santana no Verê, Pr, era o senhor Angelo Garbossa.

Lá chegando, depois de tres dias batendo carroceria mato adentro, passaram por Barca Manual o Rio Santana, movida a remo de mão, sendo o proprietário da mesma barca senhor Hoenning, e que posteriormente viria a ser o sogro do primo João Antonio, inclusive a Nona Martinello Hoenning estava presente no ato da entrevista, bem pode-se ver pelas imagens hoje compartilhadas, enfim, depois de passarem o Rio com a Balsa, nova trajetória, desta vez em carroça de bois, por uma pequena clareira que ia sendo aberta ou alargada a mãe, com foices e machado, para depois de cerca de 4 km, adentrarem a sua propriedade de cerca de 50 hectares de terra, onde anteriormente ja havia feito uma roça de milho, com cerca de 5 hectares, para a subsistência da familia e seus animais domésticos.

A parte mais dificil ainda não foi dita, porque devido a distância entre as cidades, a Familia Bortolli Santin de Romano Santin e Regina Bortolli Santin e seus filhos, não haviam ainda construido a casa de moradia da familia, o que foi feito posteriormente com tábuas rachadas de madeira existente no local, imagine-se a dificuldade enfrentada e vencida pela grandiosa familia.

Nao foi esquecido de alguns itens, utilíssimos em toda familia da epoca. Primeiro uma boa espingarda, para primeiro proteger a familia das feras animais e humanas da epoca e de hoje tambem, depois para garantir a caça que era a unica proteína disponível e abundante na região, e tambem para proteger as lavouras plantadas, uma vez que havia muita mata e pouca comida aos animais silvestres, que avançavam sobre tudo e todos a procura de comida. A cartucheira sempre forrada de munição era uma pequena garantia de segurança para a carne nossa de cada dia para a familia, alem da pesca, fundamental para a vida.

Não esqueceram de levar , DOIS PÉS DE NOZES, para plantarem na nova propriedade, enfim, retratos de uma vida saudável, de valores da familia, bons tempos, que gostaríamos que se perpetuassem para hoje e sempre.


Gladimir  José  Santin
Erechim Rs Maio de 2019
Dongiuseppesantin@gmail.com


 



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