Aqui uma foto de ERECHIM RS, ano de 1939, da atual Avenida Mauricio Cardoso, dos magnígficos edifcios antigos, uma lembrança linda da nossa cidade.
Foto gentilmente cedida pelo Arquivo Público Juarez Miguel Illa Font, para recordação de todos.
Abaixo temos um texto muito lindo e cheio de detalhes, da origem de numerosas familias FRIULANAS, iso é, de UDINE e hoje PORDENONE, as duas provincias ao nordeste da ITALIA, de onde vieram as nossas gerações MATER para colonização de boa parte do Sul do Brasil, posteriormente outros países das amércias como Chile e Argentina, dentre outros.
Aqui temos comentários de Marcello Canal, atualmente reisindo no Espirito Santo, Brasil e do primo Edinei Santin, de Marau, Rs, porem atualmente residindo, trabalhando e estudando em Portugal, muito obrigado a estes amantes da história, pela ajuda na obtenção de dados e rever a história de nossos ancestrais, MUITO OBRIGADO.
Escrevo este e-mail
para compartilhar o PDF de um livro sobre histórias da cidadezinha de
Polcenigo, Itália, de onde boa parte dos antepassados Santin partiram
rumo ao Brasil. A versão digitalizada deste livro, indisponível para
compra online, foi-me gentilmente cedida por Marcello Canal,
também filho de Polcenigo, que atualmente reside no estado do Espírito
Santo, Brasil.
Para fazer o download do livro (o tamanho é de aproximadamente 28 MB), basta seguir as instruções deste endereço eletrônico:
Antes
de ler o livro, se quiserem, podem ler algumas notas que fiz do mesmo
em Português (ver abaixo). Assim, os que tem dificuldade com o idioma
italiano, podem ter uma ideia dos assuntos abordados no livro de maneira
rápida (sem recorrer a dicionários ou a tradutores online).
Boa leitura!
Um abraço,
Edinei
Minhas notas em Português:
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1. Se i conti non tornano...
Se os condes (nobres) não retornarem...
-
se poderia dizer que viajar é inerente do comportamento humana: no fim
das contas, somos descendentes de macacos que se deslocavam
continuamente a procura de zonas mais tranquilas e mais ricas em
alimento, e um pouco de este nomadismo primitivo certamente ficou
escrito nos nossos genes; dentre as várias formas de viagem dos humanos,
uma das mais particulares é sem dúvida a peregrinação religiosa, difusa
um pouco por toda a Terra e da tempos bem remotos; os fins eram
variados, mas fundamentalmente atribuídos ao encontro com a divindade ou
à penitência dos pecados através de fadigas, renúncias, ofertas,
sacrifícios ou, mais confortavelmente, através indulgências ou
"descontos" especiais; se acreditava, e se acredita ainda hoje (veja-se,
por exemplo, os santuários de Lurdes e Fátima), que em certos lugares
privilegiados a intercessão divina é mais favorável às promessas
realizadas, em geral relacionadas a saúde do corpo e da alma
-
as peregrinações, as vezes solitárias, mas mais frequentemente em
grupos, tiveram uma importância destacada seja como momentos de
encontros e trocas culturais, seja como canais de tráfego comercial de
mão dupla; bens e ideais viajavam com os peregrinos até o lugar de
destino, e outras ideias e outros bens retornavam com eles para casa:
basta pensar nas Cruzadas, coerentemente definidas "uma peregrinação
armada", que tiveram poucos e indefinidos resultados militares, mas
ampla relevância sócio-cultural e econômica seja para o Ocidente que
para o Oriente; ou nos famosos peregrinos de "Os Contos da Cantuária" de
Chaucer (http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Canterbury_Tales);
na religião cristiana as peregrinações, já presentes nos primeiros
séculos depois de Cristo, se intensificaram durante a Idade Média e
prosseguiram, embora com outros formatos, nas épocas sucessivas,
continuando com um certo sucesso ainda nos dias de hoje, no entanto
mescladas com o turismo
-
se focalizarmos a atenção sobre as peregrinações medievais, devemos
afirmar antes de tudo que viajar na Idade Média era uma aventura
arriscada e difícil, ainda que o propósito fosse percorrer somente 100
ou 200 quilômetros; o peregrino que se preparava para realizar uma
viagem mais longa, para Roma, para Santiago de Compostela na Espanha ou
mesmo para a Terra Santa, estava bem consciente da eventualidade que a
viagem poderia ser somente de ida; estavam à espreita ao longo das
estradas ladrões, assassinos, sequestradores; mas também naufrágios no
mar, travessias de rio perigosas, quedas de cavalo, deslizes em ravinas,
eventos atmosféricos violentos e imprevistos, animais perigosos (lobos,
ursos, cobras venenosas); vir a ter contato com muitas outras pessoas
durante a viagem e alimentar-se de maneira pior em pousadas lotadas e
sujas ou em hospícios aumentava consideravelmente a possibilidade de
contrair doenças contagiosas e as vezes mortais; "partire è un po'
morrire" (partir é um pouco morrer), se diz, e este dito popular era
particularmente verdade nos séculos medievais; por isso que o peregrino
prudente antes de partir resolvia os seus assuntos, quitava eventuais
dívidas, deixava em custódia os seus bens para pessoas de confiança (a
mulher, os filhos, os irmãos), recorria a uma benção de um pároco ou,
melhor ainda, de um bispo
-
o ápice destes preparativos era o testamento, ato praticamente
obrigatório, quase sacramental: batendo na madeira ou fazendo outros
gestos supersticiosos (o homem medieval era bastante supersticioso), a
pessoa que estava a partir convocava o notário e um bom número de
testemunhas e deixava no pergaminho ou no papel as suas vontades,
esperando de todo coração que não fossem realmente as últimas; no caso
de desaparecimento durante a viagem de ida ou de retorno, ou no destino,
deixava uma série de disposições relacionadas ao destino da herança e
de doações em favor de igrejas, irmandades, conventos, instituições de
caridade: estas últimas eram uma espécie de garantia adicional contra
os perigos da viagem, um "passaporte para o céu"; muitos testadores
declaravam também o lugar e a forma do sepultamento, sempre considerando
que o corpo fosse recuperado, mas isto era com frequência inviável;
frequentemente era especificado que o testamento seria anulado ou
refeito caso o peregrino conseguisse retornar a casa são e salvo
- a seguir apresentam-se dois testamentos medievais preparados por condes de Polcenigo em partida para uma peregrinação
-
o primeiro, datado de 1349, ano que antecede o jubileu de 1350, que
tinha sido organizado com muita antecedência pelo Papa Clemente VI; em
27 de Novembro de 1349, um pouco antes do início do ano jubilar, se
reúnem na Igreja de Santa Maria, em Dardago, alguns personagens
importantes: primeiro o testador, o nobre Simone filho do falecido
Aldrigone de Polcenigo, ainda não elevado ao status de conde de
Polcenigo; em seguida o padre Jacobo de Aviano, padre Angelo, vigário de
Pieve em Aviano, o notário Odorico (testemunha e não autor do
testamento), etc., todos testemunhas convidados pelo testador para
assistir o testamento; não surpreende o fato de se fazer o testamento em
uma igreja: não era coisa rara, de fato, e na ocasião podemos mesmo
pensar que o ato notarial sucedia ou precedia uma missa especial ou uma
benção solene transmitida a Simone, que estava partindo numa
peregrinação a Roma
-
o nobre Polceniguese declara que faz o testamento por que pretende
visitar os túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, em sufrágio da
sua alma e da alma dos seus progenitores; deixa a herança para
familiares e conhecidos de Polcenigo e para a Igreja de São Pedro, para
que esta seja restaurada, mas também para que seja rezado uma missa em
seu nome
-
o segundo testamento, de 21 Maio de 1399, também é de um ano
pré-jubilar; na casa do conde Ossalco de Polcenigo, filho do falecido
Andrea, o testador, se reúnem outros dois condes, Gerardo e Simone,
juntamento com outras testemunhas: mestre Pietro Thutero, Antonio,
mestre Redivo, mestre Enrico, além dos mestres Pietro e Zanino
-
diante das testemunhas e do notário Giacomo, o conde Ossalco faz o
testamento; declara que o faz por que pretende partir para conhecer a
Terra Santa, mais precisamente o sepulcro de Jesus Cristo; ordena que,
se ele morrer nas região das Venezas, o seu corpo seja sepultado no
túmulo dos seus antepassados na Igreja de São Giacomo, como tal deixa
uma doação para a referida igreja, a qual também solicita que seja
rezada uma missa no aniversário de sua morte; os demais bens deixa para
seus dois irmãos, em partes iguais
-
o testamento de Ossalco sinaliza a existência em Polcenigo, no final do
século XIV, de vários mestres, que devem ser interpretados como
artesões (carpinteiros, ferreiros, peleiros, tecelões ou sabe-se lá
quais outros), dois dos quais oriundos de regiões não propriamente
vizinhas; uma prova a mais do fervor econômico e social que animava
naquele tempo Polcenigo, e também um testemunho adicional que na Idade
Média as pessoas eram tudo menos imóveis, como pretendia defender um
livro do passado, mas estavam, ao invés, prontas a deslocaram-se,
viajar, trocar de residência, seja por trabalho, seja para participar de
uma arriscada peregrinação a lugares distantes
2. Francesco da Milano e il pittore Romano
Francesco de Milão e o pintor Romano
-
Polcenigo nunca foi terra de grandes artistas, daqueles que merecessem
espaço nas histórias de arte nacionais e locais; não abriga nem sequer
obras de tirar o fôlego, esculturas magnificentes ou quadros de pintura
que deixam a boca aberta de quem os observa (a exceção dos afrescos
medievais da igreja de São Floriano e da intensa e poética Senhora
Amamentado do século XIV agora na igreja de São Giacomo)
-
as obras de arte nas tantas igrejas e nas belas casas privadas de
Polcenigo são em grande parte de autoria de honestos artistas locais e
estrangeiros do pincel e do cinzel, que somente em poucos casos souberam
se sobressair da banalidade e da repetitividade para fazer surgir a
verdadeira arte
-
Francesco de Milão, um pintor de tantos nomes, foi por um longo tempo
um grande nome local da pintura; Nicola de Sacile, ao contrário, era um
pintor praticamente desconhecido
- em 1542 foi restaurada a igreja de São Giacomo e pintada por Francesco de Milão e Nicolò de Sacile
-
no início de 1600, Polcenigo torna-se teatro dos movimentos de um outro
artista, no entanto de estatura diferente, com nome Romano Stefanelli
3. Sulla pelle dei Polcenighesi
Na pele dos Polcenigueses
-
hoje, devido a riqueza e a hiper-nutrição, morre-se de causas como
tumor, infarto do coração, etc., que são definidas pelos estudiosos como
doenças do bem-estar; os nossos antepassados, entretanto, morriam de
fome ou, se não morriam, sofriam com a fome durante toda a vida e
sonhavam, por consequência, com países da Cocanha (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cocanha),
onde as salsichas estavam penduradas em árvores e os rios eram de
leite; nem todos eram desnutridos, haviam os que se alimentavam bem como
hoje, mas estes eram uma minoria; a fome, juntamente com as epidemias e
as guerras, eram os principais perigos, e portanto se pregava a Deus
para afastar estes perigos
-
falar da alimentação na região de Polcenigo significa falar da polenta,
e portanto do milho; trazido por Colombo, o milho se difunde
rapidamente na Europa: ao que tudo indica chegou no Veneto no fim de
1500 e no Friuli um pouco depois, provavelmente na 2ª década de 1600,
conquistando rapidamente espaço nas plantações; no fim de 1600 e
sobretudo em 1700 o milho parecia a resposta definitiva, quase mágica,
para a fome e para as carências que por séculos haviam angustiado e
dizimado as populações camponesas italianas: este grão tinha uma
produtividade elevada, bem superior ao trigo e a outros cereais, era
resistente e se adaptava a quase todos os terrenos, transformado em
farinha, era facilmente conservado e permitia realizar uma polenta de
bom gosto e com discreta nutritividade, que tinha o mérito de saciar
aqueles que a consumiam ("la polenta la contenta" se dizia entre as
pessoas), além disso, fornecia alimento para os animais e vários outros
derivados úteis; assim, o século XVIII tornou-se o século do milho;
segundo um historiador, com o milho o camponês vive pobremente, mas não
morre mais de fome como nos séculos antecedentes
-
o milho libertou grande parte da população da escravidão dos cerais de
costume, sempre muito raros, fornecendo uma nova possibilidade de
alimentação em antecedência ao boom da batata, que infelizmente chegou à
região de Polcenigo muito tarde, no fim de 1800, e de maneira muito
lenta; o milho, entretanto, trazia um problema desagradável e
inesperado: causava a pelagra, chamada também inicialmente como mal rosa
ou escorbuto alpino
-
a pelagra, desconhecida antes de 1700, era causada pela ausência ou
pela carência de uma vitamina do grupo B, a niacina; tal vitamina se
encontra em quantidade modesta na farinha de milho, porém esta
quantidade desaparece quase totalmente quando a farinha é fervida em
água para se transformar em polenta; a funções desta vitamina foram
descobertas somente em 1938; porém, antes disso, quando se suspeitava
que a doença era provocada por uma alimentação escarça e desequilibrada,
não ocorreram ações sérias e determinantes para resolver o problema,
pois seria necessário alterar o cultivo de milho por outros cereais e
limitar o seu consumo, algo que as classes dominantes não estavam
interessadas; os camponeses estavam praticamente limitados a semear
sobretudo trigo e milho: com o primeiro pagavam aos padrões os
arrendamentos e as dívidas atrasadas (o pão branco era quase sempre uma
miragem sobre as mesas dos camponeses), e com o segundo matavam a fome
-
o primeiro italiano a reconhecer e a estudar a doença pelagra foi o
médico sacilese Giuseppi Antonio Pujati, que inclusive trabalhou em
Polcenigo entre 1729 e 1735; ele rebatizou a doença de escorbuto alpino,
pois existia certas semelhanças com o escorbuto que acometia sobretudo
os marinheiros e os presos, e alpino pois se verificava com maior
frequência nas pessoas que viviam nos alpes
-
também os polcenigueses, no curso de 1700 e também em boa parte de
1800, sofreram amplamente de pelagra, tendo uma alimentação centrada
basicamente na polenta, pois eram em grande parte obrigados a dar aos
padrões o trigo e se alimentar de milho; em 1868, no distrito de Sacile,
do qual Polcenigo fazia parte, se afirmava que a alimentação principal
da população era sem dúvida a polenta de farinha de milho e, na parte
alpina especialmente, também sem sal (visto que o imposto sobre o sal
era grande); teria sido suficiente integrar na dieta a base de polenta
também uma quantidade modesta de carne, fígado, peixe e laticínios (mas
também legumes e alguns tipos de verdura fresca) para fornecer uma dose
de vitamina suficiente para afastar a pelagra: mas para muitos estes
eram produtos difíceis ou mesmo impossíveis de se obter continuamente;
se existiam, e frequentemente não existiam nas casas mais pobres, estes
produtos eram vendidos para obter farinha de milho ou para ajudar a
pagar as dívidas acumuladas ano após ano com os padrões que arrendavam a
terra aos camponeses mais miseráveis
-
um pelagroso, segundo um médico bolonhês de 1899, era um individuo não
muito magro, de fisionomia apática, embrutecida, com olhos vidrados, com
pupilas dilatadas e olhar encantado. Os lábios de uma cor roxa
desbotada, com algumas feridas. A pele do rosto era um pouco escura,
áspera e um pouco colorida de vermelho forte na testa, no nariz e nas
bochechas, sobre o dorso das mãos e dos pés pele avermelhada, lisa e
brilhante em alguns pontos, em outros pontos escamada, rachada, com
fissuras enegrecidas e situadas diversamente; uma situação dolorosa,
alucinante, que com o tempo tornava estes miseráveis vítimas de
caquexia, desnutridos, com hemorragias, com efusões serosas e paralisias
gerais; ou encontravam-se trancados em um manicômio ou enforcados nos
galhos de uma árvore
-
a pelagra se apresentava em três estágios patológicos sucessivos,
marcados, como se costumava dizer, por três D, ou seja, dermatite,
diarréia e demência
-
um aspecto trágico era o suicídio: o pelagroso poderia enforcar-se,
esfaquear-se, precipitar-se de um lugar alto ou, mais frequentemente,
afogar-se; afogavam-se com frequência por que recorriam ao banho de água
para apaziguar as inflamações da pele
- a pelagra assolou por muito tempo os polcenigueses; certamente já existia no último quarto de 1700, ou talvez ainda antes
-
sem medo de exagerar, se poderia afirmar que quase todos tivemos um
antepassado pelagroso; em 1816 e 1817 morreram 10 (de um total de 121
mortos) e 17 (de um total de 165) polcenigueses de pelagra,
respectivamente; porém, nestes dois anos ocorreu uma grande crise
alimentar em Polcenigo, e em boa parte da Europa, causada por uma série
de eventos naturais desfavoráveis que prejudicaram as plantações, logo o
número de mortos nestes dois anos ficou de 2 a 3 vezes acima da média
registrada nos anos anteriores e posteriores
-
entre 1816 e 1870 morreram mais de 200 polcenigueses vítimas de
pelagra; em 1868, se escrevia que não existiam no distrito de Sacile
endemias importantes, se não a pelagra, acrescentando que esta,
entretanto, não resultava em grandes desastres e estava em vias de
declínio
-
alargando o horizonte para todo o distrito de Sacile, existiam 1.030
pelagrosos em 1830, ou seja, cerca de 68 a cada 1.000 habitantes; haviam
597 em 1881, e 39 em 1896, o que já denunciava o declínio da doença; a
este declínio contribuíram o progresso agrícola de maneira modesta e o
progresso econômico numa maneira mais ampla, que permitiram melhorar as
condições alimentares da zona; também contribuíram para este declínio
medidas públicas (um tanto quanto tardias) contra a doença, como a
criação de secadores para o milho (que melhoravam a qualidade e a
conservação do grão), construção de fornos rurais, e a difusão de
pousadas sanitárias, onde se distribuíam refeições mais nutritivas e
equilibradas para os pelagrosos
-
a doença permaneceu na zona até ao início de 1900; num texto de 1908 se
afirmava que a alimentação em Polcenigo era ainda predominantemente a
base de milho, com persistência de pelagra; a doença, entretanto, estava
cada vez mais atenuada, graça aos modestos mas constantes progressos
seja da medicina, seja da economia local; os últimos casos de pelagra
parecem ter sido denunciados no primeiro período pós-guerra, mas eram
tão poucos (e subestimados, e "vergonhosos" para a honra de uma "grande
nação") que em 1923 o fascismo, recém chegado ao poder, declarou
definitivamente derrotado por lei a pelagra, procedendo ao fechamento
das pousadas sanitárias e ao desmantelamento dos comitês e das comissões
que até então estavam tratando do fenômeno; desaparecia assim da Itália
e de Polcenigo uma doença que havia tristemente acompanhado por dois
séculos a existência dos camponeses mais humildes, causando
frequentemente a morte prematura
4. Cose di donne
Coisas de mulheres
- as mulheres
polceniguesas contribuíram de maneira relevante durante os séculos para
escrever a história, para determinar a economia e por fim a paisagem
das zonas em Polcenigo
-
no que se refere ao trabalho, as mulheres certamente machucaram as
costas e despelaram as mãos como, e as vezes talvez até mais, dos
homens; por exemplo, Elisabetta, mulher de Zuanne Pusiol, morre ao cair
de uma alta amoreira durante a coleta de folhas para os bichos da seda;
outras mulheres morreram ao captar água em cisternas ou fontes; outras
ainda faleceram por quedas de montanhas onde estavam a cortar pasto para
os animais
-
as mulheres contribuíam de maneira substancial para os trabalhos,
juntamente e por vários vezes até em substituição aos homens, que
frequentemente não se encontravam presentes por estarem em empregos
temporários em Veneza, em Trieste, em Istria ou no império
austro-húngaro
-
as mulheres polceniguesas também seguiram o doloroso caminho da
emigração; no geral, a maioria destas migrações temporárias eram com
destino a Veneza, onde as polceniguesas trabalhavam como empregadas,
babás ou carregadoras de água; elas eram apreciadas em Veneza pela
bravura, pela confiança e sobretudo pelas pequenas pretensões salariais
-
a história da maioria destas mulheres se resume às certidões de óbito;
contudo, existem algumas exceções: a Polceniguesa Maria Polese ficou
famosa após ser selecionada entre 18 outras babás para cuidar e
amamentar a neta do imperador Francesco Giuseppe
-
as mulheres também apareciam nos documentos referentes aos dotes do
casamento e aos testamentos; porém, só faziam estes documentos a camada
mais abastada da população, ou seja, somente uma pequena parcela
-
o dote acompanhava a mulher que iria se casar, vindo a se constituir em
um espécie de "herança antecipada"; de fato, raramente as filhas eram
beneficiadas no testamento do pai, este quase sempre orientado aos
filhos homens, em particular o primogênito, a fim de conserva unido,
como era de costume, o patrimônio familiar
-
os dotes geralmente eram constituídos de vestidos femininos, acessórios
de vestuário, jóias, roupas de cama, roupas íntimas, objetos e
ferramentas domésticas, aos quais usualmente se juntavam a cama de casal
e o baú para guardar as roupas
-
analisando os dotes daquela época, é possível entender melhor os
objetos e as roupas utilizadas naquele período; tomando como exemplo os
dotes de uma popular abastada e de uma rica burguesa, separados por um
século, pode-se compreender a evolução da moda, dos tecidos e dos
preços, por exemplo, no início de 1700 a seda estava ganhando cada vez
mais espaço nos guarda-roupas das classes ricas da população
-
a partir de 1700 os dotes femininos, muito numerosos nos dois séculos
precedentes, vão aos poucos se tornando mais raros nos documentos
notariais: as famílias começaram a recorrer às escrituras privadas, com
testemunhas, ao invés de utilizar um notário que era muito caro
-
para além dos dotes, as mulheres também algumas vezes apareciam nos
testamentos; as que faziam testamento eram de alguma forma personagens
de relevo, mulheres abastadas que dispunham de propriedade própria ou
viúvas sem filhos
5. Era meglio morire da piccoli?
Era melhor morrer ainda pequeno?
-
no século XIX e também no início do século XX não era fácil se tornar
adulto, pois a taxa de mortalidade infantil era elevada, para não dizer
elevadíssima
-
um estudioso escrevia em 1826 que "geralmente 1/8 dos nascidos morrem
no primeiro dia de vida; 1/5 morrem no primeiro mês de vida; 1/3 morrem
até um ano de vida; e 1/2 morrem antes de completar 10 anos de idade"
-
quais eram as causas principais deste fenômeno desolador? pode-se
distinguir entre causas endógenas e exógenas; entre as primeiras,
incluem-se as condições da gravidez e do parto e as doenças e os
defeitos congênitos dos recém-nascidos; entre as segundas, cita-se o
risco de contrair doenças infecciosas, a nutrição escarça ou inadequada,
as condições de higiene e de ambiente precárias, com destaque a
habitação, ao aquecimento e ao vestuário
-
a Paróquia de Polcenigo tem 19 crianças (com idade inferir a 5 anos)
mortas dentre um total de 51 falecidos no ano de 1860, e 21 de 52 no ano
de 1870; um verdadeiro massacre de inocentes, como foi definido
-
até 1816 é difícil saber a verdadeira causa destes óbitos: os registros
paroquiais anteriores àquele ano reportam em geral somente o nome do
pequeno falecido, a idade, a data do falecimento e o local do
sepultamento; de 1816 em diante os novos registros civis impostos pela
administração austríaca obrigaram os sacerdotes a transcrever também as
causas das mortes; mas estas causas eram expressas numa linguagem
imprecisa, pois os conhecimentos médicos da época eram limitados, com
pouco rigor científico
-
o parto e o nascimento eram complicados: além das causas congênitas ou
do posicionamento desfavorável do feto, adicionava-se as condições
físicas da mãe, frequentemente desnutrida ou mal nutrida e esgotada
pelos exigentes trabalhos domésticos e agrícolas, que em geral
continuavam a ser executados até poucas horas antes do parto
-
Santa Ana era tradicionalmente considerada a protetora das grávidas,
que a invocavam com grande devoção antes e durante o parto
-
certamente uma parte dos recém-nascidos morriam devido às técnicas
obstétricas, que eram primitivas e baseadas unicamente na experiência e
no bom senso das parteiras; por esta razão os párocos escreviam
frequentemente nos obituários parto infeliz, ou difícil, ou trabalhoso,
... como causa dos óbitos
-
sabendo que o recém-nascido corria riscos de vida, realizava-se o
batismo (purificação dos pecados) o mais rapidamente possível; a própria
igreja católica solicitava que as crianças fossem batizadas até 8 dias
depois do nascimento
-
em casos extremos de perigo de vida do recém-nascido, a própria
parteira (com permissão do pároco) realizava o batismo; em casos de
partos gravíssimos, a parteira realizava o batizado mesmo antes do parto
ter acabado
-
em geral as parteiras eram quase sempre viúvas ou esposas com idade
avançada, que se baseavam na experiência pessoal ou familiar para ajudar
as gravidas; o nome de algumas destas parteiras aparecem nos registros
paroquiais devido aos batismos emergenciais (quando o bebê tinha risco
eminente de morte)
-
a dificuldade no parto, e sobretudo a quase total inexistência de
assepsia nas práticas obstétricas (água fervente era o máximo
desinfetante a disposição), conduziam não raramente a morte também da
mãe, para além do bebê
-
muitas mulheres pertencentes a nobreza também morreram durante o parto;
estas, em alguns casos, recorriam a cesariana, que, a par das polêmicas
médicas, religiosas e culturais, eram uma opção ao parto normal, porém
ainda muito ineficiente naquela época (as técnicas cirúrgicas eram
inadequadas e a assepsia não era rigorosa)
-
os partos de gêmeos eram de particular gravidade; quando o parto era
trabalhoso, para além da possibilidade da morte de ambos os bebês, a mãe
também tinha grande probabilidade de vir a falecer
-
o risco era grande também para os prematuros; se o bebê nascia um mês
antes da data normal, já existia uma hipótese considerável de ele vir a
falecer; se nascia no 7º mês de gestação, o óbito era quase sempre
esperado
-
superado o momento do nascimento, vinham outros momentos de perigo;
muitos bebês morriam após alguns dias ou algumas semanas, de causas como
traumas pós-parto, dificuldades de alimentação, problemas congênitos do
bebê, falta de leite materno, infecções bacteriológicas ou virais
ligadas ao clima e a higiene da casa
-
nascer durante o período de inverno aumentava os riscos
significativamente (principalmente porque os bebês pegavam frio durante o
trajeto até a igreja para o batizado, mas também devido as habitações
frias e sujas, e das oscilações de temperatura que os bebês sofriam
quando eram aproximados e afastados da única fonte de calor existente, a
lareira)
-
no Santuário da Santíssima, em Polcenigo, existia uma Nossa Senhora do
Leite, a qual as mães que não conseguiam amamentar se dirigiam para
pedir que jorrasse das suas mamas o leite tão desejado
-
outro momento crítico era a desmama dos bebês, que ocorria geralmente
ao fim do primeiro ano de vida, mas podia ser antecipado por outras
razões (falta de leite, por razões de trabalho, etc.); a passagem do
leite materno para as papas era fonte de doenças principalmente
gastrointestinais
-
os alimentados dados às crianças não eram preparados e conservados de
maneira higiênica; a água não era potável; logo, os bebês contraiam
infecções gastrointestinais
-
corriam mais riscos os bebês que nasciam no inverno devido às doenças
broncopulmonares e aqueles que eram desmamados no verão por conta das
doenças gastrointestinais
-
os bebês entregues a adoção também corriam sérios riscos de vida, pois
as famílias que os adotavam eram geralmente pobres (as vezes a adoção
ocorria para a família usufruir de uma pequena pensão que acompanhava o
órfão até ele completar 14 anos)
-
depois do primeira ano de vida, apareciam as clássicas doenças
infantis; até 1900 a rubéola, o sarampo, a tosse, a difteria causaram a
morte de muitos infantes
- muitos bebês morriam também de parasitas intestinais contraídos pela escassa higiene alimentar e ambiental
-
não bastava superar o parto, os primeiros meses, a época da desmama, e
os quatro-cinco anos para poder chegar a juventude: vários outros
perdiam a vida antes de completarem 10 anos, por doenças citadas acima,
mas também por doenças infantis tardias e as vezes pelo tétano; também
morriam por acidentes domésticos, já que as crianças eram muitas vezes
cuidadas pelos avós ou pelos irmãos mais velhos (com capacidades
limitadas), pois os pais tinham de trabalhar
-
não existia carros e eletricidade, em contrapartida existiam outros
riscos para as crianças: afogamentos em rios, fossos ou cisternas,
ferimentos mortais com ferramentas de corte, queimaduras com a panela da
polenta cheia de água fervente, ataques de animais (porcos, bois,
cachorros, etc.)
-
exatamente entre o fim de 1800 e o início de 1900 começava lentamente a
se formar um conjunto de fatores econômicos, sociais, médicos e
culturais que conduziu, num período aproximado de meio século, a redução
quase que total da mortalidade infantil em Polcenigo
6. Da Polcenigo in Brasile
De Polcenigo no Brasil
- mais de 1 milhão de italianos emigraram para o Brasil principalmente entre 1875 e início de 1900
-
dentre os italianos que emigraram para o Brasil, uma boa parte era
constituída de Venetos e Friulanos, e entre os Friulanos houve muito
Polcenigueses
- Polcenigo teve a perda quase que total do Arquivo Municipal (por um incêndio)
- certamente mais de uma centena de polcenigueses emigraram para o Brasil
- a partir de 1875 foi progressivamente sendo abolida a escravidão no
Brasil; faltava mão de obra para colonizar um país imenso, com pouca
população e com pouca produção agrícola (um dos principais produtos
agrícola era o café)
-
chegaram imigrantes de vários países europeus: franceses, polacos,
alemães, italianos, etc.; os italianos formaram um dos maiores grupos
imigratórios
-
o fluxo migratório foi contribuído pelos subagentes ou intermediários
que trabalhavam para as companhias navais que faziam o transporte dos
imigrantes; estes subagentes propagandeavam que a emigração para o
Brasil seria a solução ideal para as muitas dificuldades do míseros
camponeses italianos
-
os subagentes exasperavam a já difícil situação econômica e social do
momento e seduziam com ofertas de terras férteis gratuitas ou quase, às
quais juntavam detalhes da viagem, do ambiente e do clima que certamente
não correspondiam a verdade
- em 1877 um agente de emigração clandestino, que visitou Polcenigo, foi denunciado a autoridade judiciária
-
muitos camponeses estavam de fato cansados da miséria, dos abusos dos
patrões e sobretudo dos impostos cada vez mais elevados, em particular o
imposto sobre a farinha, que encarecia a polenta (quase o único
alimento disponível), e o imposto sobre o sal, que encarecia a produção
do salame e da linguiça caseira
-
tudo ocorria em anos de sucessivas crises econômicas no Nordeste da
Itália; primeiramente, por volta de 1850, uma grande epidemia que havia
dizimado os bichos da seda; em seguida, da praga de fungos que havia
quase destruído a viticultura local; somado a tudo isso várias crises na
produção de cereais, que era a base da alimentação e do comércio
- assim os emigrantes embarcavam com o desejo de um vida nova e melhor
-
como pode-se notar, não emigravam os mais pobres, mas aqueles que alguma
coisa possuíam, os pequenos ou muito pequenos proprietários, que já
estavam sufocados pelos impostos e sem perspectivas de futuro; vendiam a
casa e as terras que ainda possuíam e com este rendimento, reservada
uma parcela para os primeiros tempos no Brasil, pagavam a viagem
- deixaram a Itália, portanto, os corajosos, aqueles dotados de espírito de iniciativa
-
com início em Julho de 1877, primeiro com 39 pessoas, depois sempre mais
massivamente, em grandes grupos familiares, centenas de Polcenigueses
embarcavam nos vapores que partiam normalmente de Gênova para o
longínquo Brasil
-
os navios tinham normalmente péssimas condições higiênico-sanitárias, a
alimentação era escassa e geralmente estavam sobrelotados; estes
fatores contribuíram para várias mortes
-
chegados ao Brasil após uma longa viagem de normalmente um mês, para
muitos o sonho do Eldorado terminava rapidamente; aqueles que não
acabavam substituindo os escravos nas fazendas, se ocupavam de comprar
ou de arrendar um lote de terra para colonizar; estes lotes, entretanto,
não eram terras prontas para arar e semear como àquelas deixas para
atrás na Itália
-
o clima era diferente da Itália, em algumas zonas de fato desfavorável
(calor e úmido); depois os animais perigosos, dos mosquitos às serpentes
venenosas e aos animais ferozes; índios muitas vezes hostis e
ameaçadores; doenças antigas e novas (existia a febre amarela e o
amarelão); estabelecimentos médicos e farmacêuticos raros, distantes e
caros; riscos, em suma, de todos os tipos
-
os meios de comunicação praticamente inexistiam e os núcleos de
colonização eram distantes um do outro; as vezes os imigrantes viviam
completamente isolados
-
faltava as vinhas e, portanto, o vinho, desde sempre o único conforto
para os camponeses Venetos e Friulanos; logo que chegaram procuraram de
introduzir o néctar de Bacco também no Brasil
-
os italianos preferiram se estabelecer no Sul do Brasil, nos estados de
PR, SC e RS, aqueles com clima mais temperado, de alguma forma
semelhante ao clima na Itália; mas também se estabeleceram nos estados
de SP, RJ e ES
-
um papel importante no fluxo migratório tiveram os italianos já
estabelecidos com sucesso no Brasil, que enviavam notícias positivas
para a Itália fomentando assim a partida de amigos ou de familiares
remanescentes em solo italiano, e as más notícias (doenças, mortes,
...), que, por sua fez, esfriavam o ímpeto daqueles que estavam em vias
de emigrar
-
em 1884 o Município de Polcenigo escrevia que de fato os moradores
emigravam por causa dos convites dos parentes ou amigos já no exterior,
muito dos quais já bem acomodados no Brasil
-
a emigração ao Brasil continuou até os últimos anos de 1800, quando é
interrompida por várias razões, sobretudo políticas e econômicas, depois
de pouco mais de 20 anos de seu início
-
não é possível dar conta nestas poucas páginas de todos os
polcenigueses que emigraram para o Brasil; basta dizer que cada família
polceniguesa deu o seu contributo à emigração transoceânica, dos Cosmo
aos Perut, dos Bravin aos Della Valentina, dos Tizianel aos Bosser, dos
Dorigo aos Zanchet, dos Scarpat aos Canal
-
em 1877 partem as famílias de Matteo Del Puppo & Maria Teresa,
Liberale Fantin & esposa, Matteo Fantin & Regina Modolo, e
Angelo Perut & Maddalena Polese
- em 1878 parte a família Matteo Della Valentina & esposa
-
em 1880 chegaram as famílias de Giuseppe Bravin & Luigia, Angelo
Fregona & Teresa Serafin, vários núcleos de Bravin e Canal, e a
numerosa família de Costante Del Puppo
-
em 1883 chegaram as famílias de Valentino Bravin & Caterina Pusiol,
diversos núcleos de Bravin, De Riz e Pusiol, e a família de Giuseppe
Puppin & Maria Pusiol
- em 1886 chegou a família de Domenico Canal & Angela Scarpat
-
em 1887 chegaram as famílias de Giuseppe Tizianel & Anna Scarpat,
Pietro Bravin & Caterina Bressan, Michele Scarpat & Luigia,
Celestino Scarpat & Caterina Fantin, e Antonio Modolo & Pasqua
Bravin
- em 1898 chega a família de Domenico Bravin & Luigia, talvez os últimos a emigrarem para o estado do Espírito Santos
-
estabelecidos no Brasil, os polcenigueses se dedicaram principalmente a
agricultura, trabalho que faziam na Itália antes de partir; alguns se
dedicaram ao artesanato e outros ao comércio; alguns poucos fizeram
fortuna, mas a maioria tocou a vida mais ou menos como poderia ter
tocado restando na Itália
-
Douglas Puppin escreveu um livro de quase 500 páginas, Do Veneto para o
Brasil, recontando a trajetória da sua família e de outras também
-
entre os emigrados no Brasil, alguns cortaram o contato com a Itália; a
maioria, entretanto, continuou a manter viva uma conexão através do
envio de cartas aos familiares e aos amigos que ficaram na Itália,
cartas muitas vezes escritas por outras pessoas, dado que boa parte dos
emigrantes eram analfabetos
-
algumas pessoas idosas de Polcenigo se recordam que seus pais ou avós
se mantiveram por um certo tempo em contato com os parentes no Brasil,
mas com o passar do tempo e das gerações este contato se perdeu
-
um canal de conexão se reabriu nesta última década, quando muito
brasileiros de origem italiana, de terceira ou quarta geração, começaram
a enviar cartas para os párocos de Polcenigo para obter documentos
sobre as suas origens; em alguns casos se trata de pesquisa cultural das
próprias raízes, mas na grande maioria o objetivo é obter documentos
que comprovem a origem italiana para obter a cidadania, podendo desta
forma usufruir dos benefícios de cidadão comunitário europeu
-
120 anos depois, se verifica em alguns casos uma emigração ao
contrário, causada pelas precárias condições econômicas existentes no
Brasil
Sr Gladimir, estou interessado na historia de Polcenigo, mas o site postado nao funciona, poderia me enviar por favor, minha esposa é Canal dessa Regiao da Italia. Meu email pedurprof@yahoo.com.br
ResponderExcluirBelo e inspirador texto. Gostaria muito do link do livro, pois o que foi publicado aqui não funciona
ResponderExcluirMuito bom saber um pouco mais de Polcenigo. Favor, poderia enviar link para jairscarpato@gmail.com. O que está aqui na página não dpa acesso. Grato.
ResponderExcluirOlá Sr. Gladimir, sou um descendente da Família Canal, tenho muito interesse em saber mais sobre esta família e também a Comune de Polcenigo pela ligação direta. Gostaria de obter uma copia do seu trabalho Historia de Polcenigo, dede já agradeço a atenção e parabéns pela pesquisa, gde abraço
ResponderExcluirSegue e-mail: sersampa@gmail.com
Olá! Sou descendente de Angelo Fregona e Teresa Serafin, que vieram para o ES. Estou muito interessada na cópia deste livro. Como faço para conseguir? Obrigada desde já!
ResponderExcluirBom dia Cara Isis.
ResponderExcluirDescobri este Livro via primo que vive e trabalha na Suica, ele é gaucho como eu e fez grande materia sobre os Friulanos, o que publiquei no blog. Tambem tenho interesse em saber mais sobre o Livro e sobre o Autor, assim que eu tiver novas informações publicarei, grande abraço,
Gladimir José Santin
Erechim Rs
http://www.ammer-fvg.org/_Data/Contenuti/Allegati/por/PT_Brasile_Grossutti.pdf
ResponderExcluirBoa noite Sr. Vladimir. O Sr. fez menção a Celestino Scarpat e a Caterina Fantin, ambos emigrantes de Polcenigo, eram meus tataravós. Desembarcaram no Porto de Vitória-ES, em 15 de agosto de 1877. Um abraço e parabéns pela pesquisa.
ResponderExcluirOlá amigos, em especial aos comentados neste blog.
ResponderExcluirEsta publicação me foi enviada pelo primo Edinei Santin, Brasileiro de Marau, Rs, e que hoje vive na Suiça.
Ele fez a pesquisa e me enviou e eu publiquei no blog, para conhecimento de todos, mais ainda dos que reconhecem seus ancestrais dentre os emigrados as terras Americanas neste ou no século passado.
Muito obrigado pelas generosas considerações, ficamos agradecidos.
Gostaria de pedir a todos, que ao comentarem suas impressões, favor colocarem seus nome, cidades de onde escrevem ou vivem, bem como seu email para contato.
grande abraço.
Gladimir José Santin
Erechim Rs
Dongiuseppesantin@gmail.com
OLA O GUISEPPE BRAVIN ESPOSO DE LUIGIA BRAVIN FALECEU NO NAVIO RETORNANDO PRA ITALIA SERÁ QUE EXISTE ALGUM REGISTRO SOBRE A MORTE DELE?AQUI NO BRASIL Ñ TEM JA PROCUREI E NÃO ACHO NADA SERA QUE TEM COMO EU SABER ONDE ESTA O OBITO DELE OU O REGISTRO DO CAPITAO INFORMANDO A MORTE/OBRIGADA
ResponderExcluirBoa noite , me chama Maria Júlia e a bisavó de minha era Angela Bravin casada com Giuseppe Scandolo, ambos de Polcenigo. Angela Bravin era filha de Anna Canal e Giacinto detto Scarabel Bravin. Gostaria de saber se o senhor tem algum contato em Polcenigo para pesquisar os documentos da família e os parentes que ainda possamos ter lá! Adorei à publicação. Abraços fraternos dra.mariajuliacosta@gmail.com
ResponderExcluirOla cara senhora.
ResponderExcluirNosso primo Edinei Santin, gaucho e que reside na Suiça atualmente foi quem escreveu este anexo que publiquei no blog.
Ja ouvi citações no blog sobre Scandolo e Scandolli e tambem sobre Bravin, todos de famílias Friulanas como nós.
Creio que o outro nome descrito na publicação de Marcelo Canal trata-se de pessoa que vive ou viveu no Espírito Santo, terras Brasileiras, ok.
Se eu soube de algo mais, será uma alegria ajudar, abraço e obrigado pelo contato.
Gladimir José Santin
Erechim, Rs
Boa noite, o senhor poderia enviar o livro pra mim, por favor?
ResponderExcluirnataliadvalenti@gmail.com
Boa tarde! meu nome é Edna Canali, na verdade Edna Canal, estou retificando meus documentos depois de achar a certidão do meu biznono que estava na Paroquia de San Giacomo Apostollo em Polcenigo. Fiquei muito chocada com a história da fome e doenças da época, com certeza minha família passou muitas dificuldades até chegar ao Brasil em 1867. Encontrei tbm o passaporte de chegada deles no Brasil, assinado pelo Rei Emanuelli, e é impressionante depois de ler tudo isto, saber que vieram meu Tataranono Sante Canal com esposa e 9 filhos incluindo gemeos de 9 meses e todos chegaram vivos. Muito obrigada pela sua contribuição.
ResponderExcluirOla Edna, estou na busca pelos documentos de Dionisio Canal, pelas informações que encontrei ele era filho de Sante Canal. Você tem outras informações? Um abraço
ExcluirSou tataraneto de Matteo Del Puppo das primeiras famílias vindas de Polcenigo em 1877 e fico muito grato pelas valiosas informações
ResponderExcluirBoa noite, meus cumprimentos ao pesquisador e a pessoa que o públicou é prazeroso poder rever a nossa história de família a qual quase se perdeu, meu trisavô se chamava Domenico Canal e Angela Scarpat.
ResponderExcluirGostaria de poder ler o livro mencionado na publicação. Se possível o envio ficarei agradecido
Lucas.bull@icloud.com