sábado, 22 de junho de 2019

História Viva do Sudoeste do Paraná, 1957, Barra do Santana, Verê


Entrevista em Concórdia, Sc, com Primos João Antonio Santin e esposa, com sua sogra nona Martinello Hoenning, relembrando os anos de 1957, na Barra do Santana municipio de Verê, Pr, eles eram moradores do local ha mais de dez anos, vindos de Abdon Batista, antigo distrito de Campos Novos em SC, para onde foram juntamente com outras familias amigas e vizinhos, dentre eles os Martendal e Garbossa, dentre outros. Lá instalados em Barro do Santana as margens do Rio de Mesmo Nome, em 1957 começaram a chegar pessoas diferentes das que viviam no local, com olhar de poucos amigos, com capas estranhas ao local, armados com armas de grosso calibre, dentre elas até metralhadoras, se dizendo serem de certa companhia colonizadora e que esta seria a real proprietária das terras, que ja por mais de dez anos eram usadas, desmatadas e plantadas pelos colonos que as havia adquirido de outros colonos anteriormente. Relembra o primo João Antonio, sua esposa ao seu lado e sua sogra do outro lado do vídeo, que o medo reinava naqueles locais neste ano de 1957, e que diversos abusos de autoridade por assim dizer, foram criados e patrocinados por tais jagunços assim ditos, por serem totalmente diferentes dos moradores do local. Agiam mandados por outros, fazendo pequenas casas onde se reuniam e queriam mandar em todos se dizendo donos das terras e cobrando por estas.

Segundo o dito, ex governador levou pessoal de fora, para munidos de CORDAS medirem as terras ja usadas pelos colonos para vender as mesmas a quem ja as usava. Usavam Winchester e metraladoras, dentre outras armas, os colonos se revoltaram em Barra do Santana, se reuniram e amarraram os tais agrimenssores assim ditos.

Depois de amarrados em Barra do Santana, no outro dia foram soltos pelos agricultores que rumaram ao municipio do Verê, quando na colina próxima a sede do municipio foram recebidos em centenas de balas de todos os calibres, onde faleceram dois de seus colegas, dentre eles Leopholdo Preilipper e Guilherme Hoenning, este irmã da senhora esposa do primo João, presente neste vídeo, Guilherme era irmã do pai da prima, sendo que seu pai era o dono da Barca que fazia a travessia do Rio Santana, que ligava os municipios de Pato Branco a Verê, Pr.

Há dezenas de publicações que demonstram os atos praticados por autoridades locais, estaduas e até algumas nacionais, contra os agricultores e moradores da região, os quais se defenderam como podiam de tamanha covardia do estado em geral, com a ajuda das instituições de toda ordem.



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