Entrevista gravada em Bento Gonçalves, Rs, em fevereiro de 2019, com senhoras primas em terceiro/quarto grau Eleda Santin e sua irmã dona Elsa Santin Matia, tambem conosco filha e genro dona Elsa, senhora Monica e Fernando Ferrari.
Agradeço imensamente a todos, que sempre me recebem muito bem em sua cidade e casa na Serra Gaucha, para nós conversar a respeito da História da Nossa Grande Familia Santin Brasil.
Dona Elsa e dona Eleda, são filhas de Carlo Santin e Stella Franceschini Santin, casados no Chile, inclusive ja publicamos no blog uma tradução do matrimonio de ambos no Chile, na região de Pitrufquen, Gorbea, ja mencionados anteriormente. Nono Carlo, como assim reverenciado por todos, era Italiano de Udine, hoje Pordenone, filho de Giovanni Santin e Margarida Zanchet Santin, que como casal patriarca mudou-se com outras Familias Santin, Zampese, Tesser, Colpo, Martini, Romanini, Bressan, Tochetto, Alberti, e uma dezena de outras familias, para povoar e cultivar o Sul do Chile, Vila Los Galpones e cidade de Pitrufquen, na Araucania Chilena, cerca de 50 km da capital Temuco, e distante cerca de 600 km de Santiago.
Não sabemos ao certo qual empresa se publica ou particular os requisitou no Brasil em Guaporé, Rs, mas temos convicção que foi a Ricci Hermanos & Cia, porque essa empresa agenciou a contratação de cerca de 80 familias da Italia, que foram primeiramente colonizar a cidade de Capitan Pastene no Chile, depois de algum tempo, a grande maioria, eu diria que cerca de 60 familias, retornaram a Itália, devido as dificieis condições de sobrevivencia naquela região, estamos falando de 1904/09, portanto mais de um seculo de hoje.
Existem varias materias na internet que demonstram oi que acima referimos e muito mais, com detalhes bastante intrigantes, e as péssimas condições oferecidas para os colonos naqueles tempos, pratricamente sem qualquer ajuda para se manter, cultivar a terra e criar a familia. Por isso a grande maioria dos vindos da Itália retornaram.
Assim que os da Itália retornaram, o colonizador e sua equipe, se voltaram para os colonos Brasileiros de Guaporé, que foram a salvação a eles naquele momento. Trataram de conseguir parceria para envio de cerca de 40 ( quarenta familias ) para que fossem colonizar a região de Pitrufquen.
So no caso de meu tronco Vanzella Santin, de meu bisavô Giuseppe Gislon Santin e Maria Vanzella Santin, emigraram do Brasil com 12 filhos ( doze filhos ) todos solteiros até 1906, porem muitos ja namoravam outras pessoas e estar foram junto ao Chile, como os casos dos tios avós Antonio Zampese Capellaro que casou Chile com Angelina Santin Vanzella e tambem do tio Giuseppe Bortolo Tochetto que se casou no Chile com Luiza Santin Vanzella.
No Caso da Familia Franceschini Santin, de dona Eleda e Elsa Santin Mattia, o avô delas Giovanni Santin e Margarida Zanchet Santin, tambem tinha grande familia, coms os filhos :
Antonio, Jacob, Giovanni ou João, Humberto e o próprio Carlo, alem de outras filhas mulheres, que no momento não sei os nomes. Vejam senhoras e senhores, uma grande familia, com grande quantidade de pessoas e mão de obra de qualidade, Carlo Santin e Jacob Santin, experientes musicos, Giovanni ou João tocava trompete, enfim, até na musica ajudaram, alem de muitas areas.
No vídeo, elas relembram o retorno dos pais do Chile, dizendo que seu irmão mais velho professor Angelo Santin Zanchet, dona Elsa lembra que os pais não receberam seus documentos no Chile, disse até que eles poderiam ter saido correndo de lá, isso porque aquela empresa não queria que eles retornassem ao Brasil, e no momento da entrada no Chile em outubro/novembro de 1906, todos os documentos que alguem apresentou ficaram com a empresa, que propositalmente tratou de dar fim neles, visto que dizia-se que houve um incêndio em uma casa que abrigava os documentos de todos que chegaram naquele período, deixando assim os Italo-Brasileiros, creio que mais de 250 (duzentas e cinquenta pessoas) totalmente sem documentos, isto é, pelo fogo na tal casa da empresa que os levou ao Chile, provavelmente Hermanos Ricci ou Ricci hermanos.
Disse dona Elsa que sua mãe Stella veio grávida do filho Angelo, que quase teve o filho a bordo do Navio, que levaram cerca de trinta dias de viagem de navio, disse que la no Chile eles trabalhavam na Estrada de Ferro fazendo dormentos para assentamentos dos trilhos e que não recebiam os seus salários.
Mencionou dona Elsa não saber onde o irmão Angelo nasceu, se foi em Monte Belo Sul ou Guaporé, Rs, locais que eles passaram quandoi retornaram do Chile e locais onde tinham parentes e amigos, pois residiram nos dois locais por anos, e por certo lá passaram no regresso do Chile.
Senhor Angelo Santin Zanchet foi registrado com sobrenome do pai antes do da mãe, devido a homônimos em Gaurama, Rs, onde havia outro primo de mesmo nome Angelo Santin que era casado com senhora Maria, este segundo Angelo Santin era filho de Antonio Santin ( irmão de Carlo Santin ) e por isso o noime foi registrado como Angelo Santin Zanchet, Professor e Rádio Ténico e irmão de dona Eleda e Elsa, alem de outros seis mais, porque ao todo eram dez irmãos.
Disseram Eleda e Elsa, que seus pais Carlo e Stella pouco falavam sobre o Chile. Lembraram tambem que quando do nascimento da dona Eleda, dona Stella e seu Carlo pediram a todos os filhos que fossem dormir na casa da tia Narcisa Zanotelli Santin e tio Humberto Santin, que eram vizinhos e tambem residiam na Linha Oito ou Linha dos Santin em Gaurama, Rs.
Perguntamos se elas lembravam de algum parente, compadre ou qualquer conhecido do Chile e que ouvesse ficado por lá por ocasião do retorno, e elas não lembram de terem ouvido seus pais falaram disso. Porem, lembraram que seus pais falava no Carlo Mat ou Carlo Mato, falavam que o Carlo Mato era meio danado, por vezes ligeiro, etc.
Tambem perguntei se elas lembravam de algum parente que teria se mudado de Gaurama, Rs, de Trem para Outro lugar ? Respondeu não ter ouvido nada disso. Disse acreditar que seus Pais Carlo e Stella Franceschini Santin foram um dos primeiros a se mudarem de Gaurama, Rs, para Bela Esperança, no interior dos municipios de Jacutinga e Campinas do Sul, Rs.
Foram residir em Bela Esperança porque não havia mas força para trabalhar na Colonia em Gaurama, Rs, porque achava péssima as condições de trabalho, a terra era dobrado com muito morro, o que dificultava enormemente o trabalho da familia, e que residiam na parte baixa da terra e que para trabalhar tinham que subir no cume do morro, por isso resolveram se mudaram para Bela Esperança, terras mais planas e favoráveis a agricultura familiar.
Tambem falaram em outra entrevista, que seu pai Carlo Zanchet Santin fez uma sociedade com seu genro Ervino Webber, casado com Helena Santin Webber, o casal criou numerosa familia na região de São Lourenço do Oeste, Sc, e arredores, e que esta parceria deu certo por algum tempo, posteriormente cada um tomou outrosa rumos nas suas vidas.
Aqui um pequeno Parenteses:
Muitos ja referiram que Carlo ¨Mat¨Santin, do tronco de Osvaldo Santin e Giacoma Mezarobba Santin, irmão de Santo Santin e Maria Alfieri Santin ( ela falecida em Guaporé, Rs) ele se casou novamente com Julia Longo Santin, o casal foi ao Chile com filha Anna Santin, filha ainda do primeiro casamento de Santo, a bordo do Navio Orizzo de bandeira Iglesa que fazia Linha Liverpol a Valparaiso nasceu o terceiro filho de Santo e o primeiro filho da segunda esposa Julia Longo Santin, este menino nasceu a bordo do Navio que os levou ao Chile em outubro/novembro de 1906, e o nome do menino foi ORIZZO SANTIN, em homenagem ao Barco da viagem ao Chile, diga-se, uma VIAGEM CONTURBADA, que esta sendo objeto de estudos e futuras publicações.
Diziam muitos dos entrevistados, que falecido Carlo ¨Mat ¨Santin foi um dos agenciadores dos Irmãos Ricci da Itália e do Chile, para que todos as cerca de 40 familias Italo-Brasileiras fossem ao Chile em 1906,m ele tambem foi até lá, porem em pouco tempo depois ja retornou ao Brasil, deixando por lá a maioria dos patricios e parentes Italianos e Brasileiros, ele Carlo Mat era fluente em vários idiomas e tinha muita coragem e dinamismo poara os negócios, teve das primeiras hipotecas de imóveis na região da grande Bento Gonçalv es e Monte Belo do Sul, Rs, tambem era benzedor, curandor e de certa forma, tinha poderes ditos ¨extra mundo ¨falado por vários dos antigos moradores, vizinhos e parentes, e referidos em várias entrevistas feitas através dos anos.
Gladimir José Santin
Erechim Rs Abril 2019
Dongiuseppesantin@gmail.com
Aqui uma confirmação dos escritos acima referidos, Blog COLPO EN CHILE, escrito pelo senhor Marcelo Diaz Colpo, a quem agradeço enormemente por tudo que ja me ajudou e ainda ajuda na obtemção de dados neste blog publicados. Gratidão a todos. Muito Obrigado
5.Vida en ChileLa
llegada a Chile fue en la primavera de 1906 al puerto de Talcahuano.-
Luego del azaroso viaje marítimo les quedaba una breve estancia en este
puerto, para luego internarse en el territorio.-
Bajaron del Orissa para acomodarse en la Hospedería para Inmigrantes que el gobierno había acondicionado en el área interna del puerto de Talcahuano.- Era una antigua construcción que había servido de bodega, en la cual se realizaron divisiones para crear sectores para las familias, los cuales contaban con catres de fierro, somier de malla, colchón de lana, ropa de cama, veladores de madera nativa, cada tanto una pequeña estufa tipo “salamandra” que permitía calefaccionar y calentar agua, muchos detalles que eran considerados verdaderos lujos en una hospedería.-
La permanencia en este lugar fue breve, se permitía como máximo una semana, las revisiones médicas de rutina, los controles aduaneros y de identidad.- Ya estaba dado el primer paso en este nuevo país.-
Luego vino el viaje en tren, el cual fue lentamente adentrándose por la vera del gran río Bío Bío, el destino era llegar al sur del Río Toltén, a un sector sin colonos perteneciente en ese entonces a la provincia de Valdivia.-
El convoy subió hasta los llanos centrales, los cuales se mostraban generosos en campos de trigo y cebada, miles de hectáreas de bosques nativos, con una cordillera coronada por algunos volcanes cubiertos por la nieve acumulada por el invierno que se retiraba.-
Cruzaron el viaducto del Malleco a más de 100 metros de altura sobre el río del mismo nombre, orgullosa obra del ingeniero chileno Victorino Lastarria.- El viaje continuó de Temuco al sur, para detenerse en la pequeña localidad de Pitrufquén, desde su estación viajaron en carretas por una escasa huella abierta a través de los pantanos y bosques hacia el poniente, llegando al sector del lugar conocido hoy como Villa Los Galpones.-
En una pequeña planicie se habían construido varios galpones, donde las familias fueron tomando sus sectores y compartiendo esta precaria instalación.-
Lejos estaba la promesa hecha por la sociedad Ricci de levantar una nueva colonia que llevaría el nombre de Nueva Etruria y cuyo pueblo se llamaría General Rondizzoni.-
Giorgio y Alberto Ricci en sociedad con Salvatore Nicosia no tardaron en vender su participación a terceros y dejar a los colonos en el más absoluto abandono.-
Las tierras repartidas a los colonos eran de mala calidad, muchos pantanos, lagunas y zonas sin posibilidades de poder trabajar alguna actividad rentable en el corto plazo.- Algunos colonos al poco tiempo decidieron regresar a Brasil, otros buscaron alternativas en otras zonas de Chile, un pequeño grupo emigro a la zona de Melipilla, al Fundo El Carmen, donde progresaron y aportaron al desarrollo de esa zona y de Santiago.-
Los que se mantuvieron en las tierras entregadas fueron pocos en comparación con los que se mencionan al inicio.- En 1906 la prensa de la época habla de 75 familias, las cuales sumaban aproximadamente 350 personas.-
El agente del gobierno chileno destinado a la supervisión constata que solo se habían instalado 67 familias y de las cuales algunas eran solo ficticias, pues habían llegado antes a la colonia de Nueva Italia, hoy Capitán Pastene.-
A los colonos el Gobierno de Chile les entregó titulo de dominio cuando gobernaba Chile el Presidente de la Republica don Ramón Barros Luco, quién firma el decreto respectivo en Valparaíso, en el verano de 1911.-
En ese decreto se mencionan las hectáreas que a cada colono le corresponde y además se menciona también la porción que queda para la sociedad Ricci.-
Por este documento se cuantifica que no quedaban más de 20 familias en el territorio a 4 años de su llegada.-
Giovanni Colpo Zampeze recibe 102 hectáreas en el sector llamado Canta Rana, lo cual deja en claro las condiciones de pantano que tenía ese terreno.- Se instala con su numerosa familia y paso a paso comienza a levantar lo que llegaría a ser una gran casa.-
Para albergar 10 hijos y todo lo que ello implica, levantó una casa que tenía 16 camas, muchos dormitorios, una gran cocina anexa, un gran y extenso comedor y una sala de reunión, en la parte baja estaba la bodega para guardar leña, herramientas y hasta pequeñas maquinarias agrícolas.-
Los niños pronto fueron hombres y las niñas señoritas, Lino aprendió el oficio de mueblista, lo cual le permitió tener ingresos por los encargos que le hacía de todas partes de la zona y del pueblo de Pitrufquén.-
Cada hijo fue tomando su destino, se casaron y tuvieron también muchos hijos, la mayoría se instalaron en Pitrufquén y la casa de Canta Rana se fue quedando con las hijas más pequeñas.-
Giovanni Colpo al regresar un día desde el campo sufrió un accidente al caer de un manzano donde fue a buscar fruta para llevarle a su esposa, se lesionó una pierna, de la cual terminó perdiendo el pié, la leyenda familiar señala que fue el mismo quien amputó su pierna cuando esta no tuvo salvación.-
La familia siguió adelante, compraron una propiedad en Pitrufquén y allí instalaron un local comercial.-
La casa de Canta Rana tuvo un brusco final, un día estaba adornada para una fiesta religiosa, con flores y velas en un improvisado altar, el viento llevó las cortinas de visillo hasta las velas, dando inicio a un voraz incendio que arrasó por entero con la construcción, quedando solo los cimientos de la casa.-
Rosario Corona falleció en Pitrufquén en 1933 a la edad de 69 años, le sobrevivió Giovanni quién vivió muchos años de viudez, falleciendo en Pitrufquén en 1947 a los 81 años.-
La mayoría de los 10 hijos dieron una amplia descendencia, que hoy alcanza cerca de las 500 personas y los cuales viven en ciudades como Santiago, Talca, Concepción, Chillán, Los Ángeles, Temuco, Pitrufquen, Los Galpones, Lastarria, Gorbea, Lanco, Valdivia, Puerto Montt y algunas ciudades en Argentina.-
Bajaron del Orissa para acomodarse en la Hospedería para Inmigrantes que el gobierno había acondicionado en el área interna del puerto de Talcahuano.- Era una antigua construcción que había servido de bodega, en la cual se realizaron divisiones para crear sectores para las familias, los cuales contaban con catres de fierro, somier de malla, colchón de lana, ropa de cama, veladores de madera nativa, cada tanto una pequeña estufa tipo “salamandra” que permitía calefaccionar y calentar agua, muchos detalles que eran considerados verdaderos lujos en una hospedería.-
La permanencia en este lugar fue breve, se permitía como máximo una semana, las revisiones médicas de rutina, los controles aduaneros y de identidad.- Ya estaba dado el primer paso en este nuevo país.-
Luego vino el viaje en tren, el cual fue lentamente adentrándose por la vera del gran río Bío Bío, el destino era llegar al sur del Río Toltén, a un sector sin colonos perteneciente en ese entonces a la provincia de Valdivia.-
El convoy subió hasta los llanos centrales, los cuales se mostraban generosos en campos de trigo y cebada, miles de hectáreas de bosques nativos, con una cordillera coronada por algunos volcanes cubiertos por la nieve acumulada por el invierno que se retiraba.-
Cruzaron el viaducto del Malleco a más de 100 metros de altura sobre el río del mismo nombre, orgullosa obra del ingeniero chileno Victorino Lastarria.- El viaje continuó de Temuco al sur, para detenerse en la pequeña localidad de Pitrufquén, desde su estación viajaron en carretas por una escasa huella abierta a través de los pantanos y bosques hacia el poniente, llegando al sector del lugar conocido hoy como Villa Los Galpones.-
En una pequeña planicie se habían construido varios galpones, donde las familias fueron tomando sus sectores y compartiendo esta precaria instalación.-
Lejos estaba la promesa hecha por la sociedad Ricci de levantar una nueva colonia que llevaría el nombre de Nueva Etruria y cuyo pueblo se llamaría General Rondizzoni.-
Giorgio y Alberto Ricci en sociedad con Salvatore Nicosia no tardaron en vender su participación a terceros y dejar a los colonos en el más absoluto abandono.-
Las tierras repartidas a los colonos eran de mala calidad, muchos pantanos, lagunas y zonas sin posibilidades de poder trabajar alguna actividad rentable en el corto plazo.- Algunos colonos al poco tiempo decidieron regresar a Brasil, otros buscaron alternativas en otras zonas de Chile, un pequeño grupo emigro a la zona de Melipilla, al Fundo El Carmen, donde progresaron y aportaron al desarrollo de esa zona y de Santiago.-
Los que se mantuvieron en las tierras entregadas fueron pocos en comparación con los que se mencionan al inicio.- En 1906 la prensa de la época habla de 75 familias, las cuales sumaban aproximadamente 350 personas.-
El agente del gobierno chileno destinado a la supervisión constata que solo se habían instalado 67 familias y de las cuales algunas eran solo ficticias, pues habían llegado antes a la colonia de Nueva Italia, hoy Capitán Pastene.-
A los colonos el Gobierno de Chile les entregó titulo de dominio cuando gobernaba Chile el Presidente de la Republica don Ramón Barros Luco, quién firma el decreto respectivo en Valparaíso, en el verano de 1911.-
En ese decreto se mencionan las hectáreas que a cada colono le corresponde y además se menciona también la porción que queda para la sociedad Ricci.-
Por este documento se cuantifica que no quedaban más de 20 familias en el territorio a 4 años de su llegada.-
Giovanni Colpo Zampeze recibe 102 hectáreas en el sector llamado Canta Rana, lo cual deja en claro las condiciones de pantano que tenía ese terreno.- Se instala con su numerosa familia y paso a paso comienza a levantar lo que llegaría a ser una gran casa.-
Para albergar 10 hijos y todo lo que ello implica, levantó una casa que tenía 16 camas, muchos dormitorios, una gran cocina anexa, un gran y extenso comedor y una sala de reunión, en la parte baja estaba la bodega para guardar leña, herramientas y hasta pequeñas maquinarias agrícolas.-
Los niños pronto fueron hombres y las niñas señoritas, Lino aprendió el oficio de mueblista, lo cual le permitió tener ingresos por los encargos que le hacía de todas partes de la zona y del pueblo de Pitrufquén.-
Cada hijo fue tomando su destino, se casaron y tuvieron también muchos hijos, la mayoría se instalaron en Pitrufquén y la casa de Canta Rana se fue quedando con las hijas más pequeñas.-
Giovanni Colpo al regresar un día desde el campo sufrió un accidente al caer de un manzano donde fue a buscar fruta para llevarle a su esposa, se lesionó una pierna, de la cual terminó perdiendo el pié, la leyenda familiar señala que fue el mismo quien amputó su pierna cuando esta no tuvo salvación.-
La familia siguió adelante, compraron una propiedad en Pitrufquén y allí instalaron un local comercial.-
La casa de Canta Rana tuvo un brusco final, un día estaba adornada para una fiesta religiosa, con flores y velas en un improvisado altar, el viento llevó las cortinas de visillo hasta las velas, dando inicio a un voraz incendio que arrasó por entero con la construcción, quedando solo los cimientos de la casa.-
Rosario Corona falleció en Pitrufquén en 1933 a la edad de 69 años, le sobrevivió Giovanni quién vivió muchos años de viudez, falleciendo en Pitrufquén en 1947 a los 81 años.-
La mayoría de los 10 hijos dieron una amplia descendencia, que hoy alcanza cerca de las 500 personas y los cuales viven en ciudades como Santiago, Talca, Concepción, Chillán, Los Ángeles, Temuco, Pitrufquen, Los Galpones, Lastarria, Gorbea, Lanco, Valdivia, Puerto Montt y algunas ciudades en Argentina.-
4.Viaje de Brasil a Chile (1906)A
la colonia de Guaporé llegaron noticias que provocaron revuelo.- En
otro lugar de América se estaban instalando nuevas colonias y con muchas
garantías, se les ofrecería mas tierras y con mas oportunidades para
surgir, además podrían desarrollar otras actividades como el comercio y
la industria, el clima en ese lugar tenía un invierno lluvioso y un
verano suave,
con otoño y primavera, como en la lejana Italia.- Ese sitio se llamaba
Chile, era otro país, se hablaba español y quedaba frente al otro
océano, pero en el mismo continente.-
En 1902 el Gobierno de Italia dictó una prohibición con la cual logró frenar la emigración, los italianos que lo quisieran hacer, no podían recibir ayuda de gobiernos extranjeros ya fuera en cuotas de dinero, en pasajes o cualquier tipo de incentivos, en resumen los futuros colonos debían financiar su viaje.-
En Chile los hermanos Ricci, Alberto y Giorgio habían creado junto a Salvatore Nicosia, la Sociedad Ricci y Cia. Ltda. organización con la cual solicitaron al gobierno de Chile de comienzos del siglo XX, la asignación de tierras en la región de la Araucanía.- En Chile había un gran interés en poblar la región, pues solo unos años antes se había logrado someter a los habitantes nativos, los mapuches, quienes permanecieron independientes por mas de 300 años.-
El nuevo territorio era propicio para el desarrollo de la agricultura y la ganadería, poseía enormes bosques nativos con madera de excelente calidad.-
La sociedad Ricci se comprometía a cambio de la entrega de tierras aportar con una cantidad de familias de colonos con los cuales compartirían parte de los terrenos.-
En Guaporé los colonos italianos a comienzos de 1906 comenzaron a vender sus bienes, el gobierno de Brasil ofrecía comprar las tierras y así poder venderlas a nuevos interesados bajo valores rentables, pues ya eran lugares limpios y que habían sido trabajados, por lo cual estaba probada su utilidad.- También estaban los hacendados brasileros que buscaban reunir grandes extensiones de terrenos agrícolas y a los italianos los buscaban pues por lo general vendían juntos.-
Giorgio Ricci viajó a Italia en 1904 a buscar familias para una colonia a fundar en la Araucanía, el contrato era para traer 100 familias y solo logró un poco mas de 20 en un primer momento, para mas tarde llegar a 88.- Las trabas puestas por el gobierno italiano hacían difícil llegar al número requerido, además en Italia siempre eran conocidas las malas noticias, el trágico naufragio de un barco con emigrantes, el regreso de algunos desde América en peores condiciones a las que habían salido de sus pueblos, provocaba que muchos desistieran.-
El gobierno de Chile entregó a la sociedad Ricci las tierras donde más tarde se fundó la colonia Nueva Italia, la que a los pocos años pasó a llamarse Capitán Pastene.-
El descontento de los colonos en Brasil fue conocido en la época y esto llegó a oídos de Ricci, quién tomó contacto con esas colonias, allí estaban las familias que podían reunir para un nuevo proyecto, una nueva colonia “Nueva Etruria”.-
Realizada la liquidación de los bienes en Guaporé, se organizo el viaje, está vez todo estaba en manos de los colonos, no había agentes de colonización ni institución alguna, solo debían ir paso a paso y tomar un barco de los que hacía viajes regulares hacia ese cercano, pero a la vez lejano país.-
En 13 años de vida en Brasil habían crecido las familias y todas en su gran mayoría tenían muchos hijos.- Volvieron a deshacer los caminos en carretas y navegar los ríos hasta Porto Alegre, al llegar allí se enteraron de una noticia que puso en jaque la continuación del viaje, el puerto estaba bloqueado por las autoridades con una cuarentena para evitar la propagación de una plaga de viruela.-
Recurrieron a sus ahorros y pagaron sobornos para conseguir lanchas pequeñas que les permitieran pasar el bloqueo.- Lo hicieron de noche, primero llevaron a las mujeres y niños hasta una pequeña isla donde se ocultaron entre la vegetación, luego llevaron la carga, allí esperaron un par de días el paso de un barco que los trasladó hasta el puerto de Montevideo.- Allí estuvieron a la espera del barco que los trasladaría hasta Chile.- En aquella espera algunas familias sufrieron las estafas de quienes se dedicaban a engañar a cuando inmigrante veían, perdiendo parte de los ahorros ganados con tanto esfuerzo en Brasil.-
Era octubre de 1906 cuando hizo su aparición en el puerto de Montevideo, el “Orissa” un barco perteneciente a la compañía Pacific Steam Navegation Company, que hacía cabotaje de carga y pasajeros desde Liverpool hasta Valparaíso.-
El viaje se inició con una suave navegación de Río de la Plata, para detenerse en Buenos Aires y luego dirigirse a los mares australes, a medida que el barco avanzaba hacia el sur el clima se volvía cada vez mas frío y el mar mas agitado, la siguiente parada fue en las Islas Malvinas, después de dejar la carga enviada desde Inglaterra a esta pequeña colonia, el barco comenzó a cruzar el Atlántico sur, la tormenta que los acompaño hizo que muchos creyeran que el viaje terminaba en este punto, las olas barrían la cubierta y el zarandeo del barco hacía que el mástil tocara el mar a babor y a estribor.- Por fin entraron en el Estrecho de Magallanes y con ello un mar mas calmo, se detuvieron en Punta Arenas, donde se procedió a inscribir a un bebé nacido durante la navegación, llevaría el nombre de Oriso Santini, en recuerdo al barco.-
El viaje continuo entre canales y fiordos, apareció una frondosa cubierta vegetal que vestía las montañas de esos extensos canales, la fría lluvia no dejaba de estar presente, luego de salir a mar abierto comenzó poco a poco el clima a volverse más templado.-
El 14 de octubre arribaron al puerto de Talcahuano, en un nuevo país, en un nuevo intento por concretar los sueños que los habían sacado desde su natal Italia hace 13 años.-
En 1902 el Gobierno de Italia dictó una prohibición con la cual logró frenar la emigración, los italianos que lo quisieran hacer, no podían recibir ayuda de gobiernos extranjeros ya fuera en cuotas de dinero, en pasajes o cualquier tipo de incentivos, en resumen los futuros colonos debían financiar su viaje.-
En Chile los hermanos Ricci, Alberto y Giorgio habían creado junto a Salvatore Nicosia, la Sociedad Ricci y Cia. Ltda. organización con la cual solicitaron al gobierno de Chile de comienzos del siglo XX, la asignación de tierras en la región de la Araucanía.- En Chile había un gran interés en poblar la región, pues solo unos años antes se había logrado someter a los habitantes nativos, los mapuches, quienes permanecieron independientes por mas de 300 años.-
El nuevo territorio era propicio para el desarrollo de la agricultura y la ganadería, poseía enormes bosques nativos con madera de excelente calidad.-
La sociedad Ricci se comprometía a cambio de la entrega de tierras aportar con una cantidad de familias de colonos con los cuales compartirían parte de los terrenos.-
En Guaporé los colonos italianos a comienzos de 1906 comenzaron a vender sus bienes, el gobierno de Brasil ofrecía comprar las tierras y así poder venderlas a nuevos interesados bajo valores rentables, pues ya eran lugares limpios y que habían sido trabajados, por lo cual estaba probada su utilidad.- También estaban los hacendados brasileros que buscaban reunir grandes extensiones de terrenos agrícolas y a los italianos los buscaban pues por lo general vendían juntos.-
Giorgio Ricci viajó a Italia en 1904 a buscar familias para una colonia a fundar en la Araucanía, el contrato era para traer 100 familias y solo logró un poco mas de 20 en un primer momento, para mas tarde llegar a 88.- Las trabas puestas por el gobierno italiano hacían difícil llegar al número requerido, además en Italia siempre eran conocidas las malas noticias, el trágico naufragio de un barco con emigrantes, el regreso de algunos desde América en peores condiciones a las que habían salido de sus pueblos, provocaba que muchos desistieran.-
El gobierno de Chile entregó a la sociedad Ricci las tierras donde más tarde se fundó la colonia Nueva Italia, la que a los pocos años pasó a llamarse Capitán Pastene.-
El descontento de los colonos en Brasil fue conocido en la época y esto llegó a oídos de Ricci, quién tomó contacto con esas colonias, allí estaban las familias que podían reunir para un nuevo proyecto, una nueva colonia “Nueva Etruria”.-
Realizada la liquidación de los bienes en Guaporé, se organizo el viaje, está vez todo estaba en manos de los colonos, no había agentes de colonización ni institución alguna, solo debían ir paso a paso y tomar un barco de los que hacía viajes regulares hacia ese cercano, pero a la vez lejano país.-
En 13 años de vida en Brasil habían crecido las familias y todas en su gran mayoría tenían muchos hijos.- Volvieron a deshacer los caminos en carretas y navegar los ríos hasta Porto Alegre, al llegar allí se enteraron de una noticia que puso en jaque la continuación del viaje, el puerto estaba bloqueado por las autoridades con una cuarentena para evitar la propagación de una plaga de viruela.-
Recurrieron a sus ahorros y pagaron sobornos para conseguir lanchas pequeñas que les permitieran pasar el bloqueo.- Lo hicieron de noche, primero llevaron a las mujeres y niños hasta una pequeña isla donde se ocultaron entre la vegetación, luego llevaron la carga, allí esperaron un par de días el paso de un barco que los trasladó hasta el puerto de Montevideo.- Allí estuvieron a la espera del barco que los trasladaría hasta Chile.- En aquella espera algunas familias sufrieron las estafas de quienes se dedicaban a engañar a cuando inmigrante veían, perdiendo parte de los ahorros ganados con tanto esfuerzo en Brasil.-
Era octubre de 1906 cuando hizo su aparición en el puerto de Montevideo, el “Orissa” un barco perteneciente a la compañía Pacific Steam Navegation Company, que hacía cabotaje de carga y pasajeros desde Liverpool hasta Valparaíso.-
El viaje se inició con una suave navegación de Río de la Plata, para detenerse en Buenos Aires y luego dirigirse a los mares australes, a medida que el barco avanzaba hacia el sur el clima se volvía cada vez mas frío y el mar mas agitado, la siguiente parada fue en las Islas Malvinas, después de dejar la carga enviada desde Inglaterra a esta pequeña colonia, el barco comenzó a cruzar el Atlántico sur, la tormenta que los acompaño hizo que muchos creyeran que el viaje terminaba en este punto, las olas barrían la cubierta y el zarandeo del barco hacía que el mástil tocara el mar a babor y a estribor.- Por fin entraron en el Estrecho de Magallanes y con ello un mar mas calmo, se detuvieron en Punta Arenas, donde se procedió a inscribir a un bebé nacido durante la navegación, llevaría el nombre de Oriso Santini, en recuerdo al barco.-
El viaje continuo entre canales y fiordos, apareció una frondosa cubierta vegetal que vestía las montañas de esos extensos canales, la fría lluvia no dejaba de estar presente, luego de salir a mar abierto comenzó poco a poco el clima a volverse más templado.-
El 14 de octubre arribaron al puerto de Talcahuano, en un nuevo país, en un nuevo intento por concretar los sueños que los habían sacado desde su natal Italia hace 13 años.-
3.Vida en Brasil (1893 a 1906)
Giovanni tenía un contrato para establecerse en la futura colonia Doña Isabel, la cual pasados los años se convertiría en la ciudad hoy conocida como Bentos Gonçalves.-
Al llegar a las cercanías de los terrenos asignados, los colonos debían abrir a fuerza de machetes los caminos para poder comenzar a despejar la tupida vegetación, pasaban meses y meses de esforzado trabajo, antes de poder levantar una pequeña habitación y sembrar el primer cultivo de maíz.-
El gobierno de Brasil les asignaba 25 hectáreas por familia, las cuales debían despejar, sembrar y construir vivienda en un tiempo determinado.- También se contrataba a los colonos como obreros para abrir caminos, durante medio tiempo, así recibían una ayuda económica que financiaba los gastos iniciales de instalación.-
Se les había prometido herramientas, semillas, madera en tablones, un arado, y un par de animales como vaca y caballo, para iniciar las labores ganaderas.- Esto muchas veces se cumplió en parte o otras veces nada recibieron.- Los colonos que habían logrado juntar algún patrimonio monetario, pudieron adquirir elementos de labranza en Porto Alegre o bien pagar los abusivos precios que le cobraban los comerciantes que recorrían con sus atestados carromatos las nacientes colonias.-
El trabajo era arduo por lo cual se realizaba en grupos, los hombres adultos formaban cuadrillas para limpiar los terrenos cubiertos por la densa vegetación de la llamada Mata Atlántica.- Los colonos italianos se instalaron en zonas que van de los 600 a los 1.100 metros de altitud, donde el clima es suave en verano y mas fresco en invierno, pero no tiene las temperaturas extremas de la costa, además la región de Río Grande do Sul es la mas alejada del Ecuador en el territorio brasilero, siendo la que posee el clima mas frío.-
Las cuadrillas viajaban un día y mas para trabajar en la limpieza de los terrenos, lo cual hacía que formaran verdaderas expediciones que duraban siete o diez días de trabajo en el lugar a despejar, instalaban un precario campamento donde poder dormir y comer, trabajaban de sol a sol y luego de esa semana de intenso trabajo, regresaban a los barracones, donde aguardaban las mujeres y niños.-
Aquí venía un trabajo arduo para las mujeres, el cual consistía en lavar toda la ropa ocupada en las faenas anteriores, grandes ollas hervían kilos y kilos de ropa, pues se hacia en forma común y por lo general eran un par de días que tardaba este lavado.- Los hombres descansaban y se aprovisionaban, para luego volver a planificar una nueva expedición de limpieza.-
Las familias poco a poco se instalaban en los terrenos despejados y comenzaron a levantar las primeras viviendas.-
Luego vino la aventura de cultivar la tierra y comenzar a conocer los ciclos de la naturaleza, entender las épocas de lluvia, las épocas secas y tantos detalles que había que considerar al momento de enterrar un grano con la esperanza de que la cosecha fuera la justa retribución a tanto esfuerzo.-
A fines de 1893 vino un nuevo integrante a la familia, Lino Colpo Tasca (mi abuelo), ya estaban instalados en la zona de Guaporé, lugar en el cual se estableció el grupo venido de Conco y sus cercanías.- También había familias de otros pueblos del Veneto como Rovigo, Bassano,...
Comenzaron los cultivos de maíz en la región circundante, en otros sectores de mayor altitud se plantaron las vides para dar origen a los vinos tradicionales.-
El 19 de marzo de 1884 nació la primera niña de la familia Colpo Tasca, vino al mundo bajo el cielo de Brasil, Fiorina.- Dos años después vino un nuevo hijo, el 19 de marzo de 1886 nació José.-
Antonio nació en 1898, luego vino Regildo el 07 de septiembre de 1899, le siguió Demetrio el 10 de octubre de 1900, Luigi el 04 de marzo de 1902.-
Los varones de la familia ya eran varios y algunos tenían edad para ayudar en algunas tareas del campo, como era la siembra.- Giovanni partía con varios de ellos para que colocaran los granos de maíz uno a uno, cuando él abría la tierra con el arado.- Caminaban detrás de su padre, colocaban un grano en la tierra blanda y luego otro hermano pisaba para cubrir la semilla.- Si el día era largo y agotador para un hombre de treinta y tantos años, para los niños de pocos años era extenuante.- Cuando el padre estaba ocupado en otra parte del campo, los niños colocaban varios granos de una vez y a veces puñados, con la secreta esperanza que terminándose los granos a plantar, se terminaba la dura jornada.-
El resultado de tan ingenua solución quedaba a la vista cuando comenzaba a brotar el maíz y los grupos de nacientes matas luchaban por ganar terreno quedando en algunos lugares del maizal verdaderos arbustos apretados formados por cañas, hojas y frutos.-
Giovanni buscaba la forma de recordarles que el maíz se plantaba grano por grano…
La familia continúo creciendo y nacieron, Rosa el 25 de noviembre de 1904, Ángela el 25 de noviembre de 1905 y Victoria el 14 de julio de 1906, siendo la última de esta larga lista de hermanos.-
La tierra fue generosa con las cosechas, los frutos obtenidos eran abundantes, se disponía de mucho maíz, con el cual se comenzó a buscar financiar otras actividades como ganadería y lechería.-
Tratar de colocar el producto de las cosechas en Porto Alegre fue un gran desafío, los caminos eran malos y no había ferrocarril que diera acceso expedito al puerto, por lo cual se recurrió al transporte fluvial, pero este resultaba limitado por el tamaño de las embarcaciones que podían navegar los ríos regionales.-
Al mismo tiempo que florecían las colonias del sur de Brasil, lo hacían las de Uruguay y especialmente las de Argentina.-
La competencia con el grano venido desde otras colonias y sobre todo con el trigo de Argentina que inundaba los mercados, hizo que los productos originados al interior de Río Grande do Sul resultaran caros y no tuvieran compradores.-
Luego de 13 años de instalados en la región, la situación se hizo crítica, los problemas de comunicación, infraestructura y comercialización de las cosechas, llevaron a algunas colonias a moverse a otras regiones del Brasil, Uruguay, Argentina y Chile.-
Giovanni tenía un contrato para establecerse en la futura colonia Doña Isabel, la cual pasados los años se convertiría en la ciudad hoy conocida como Bentos Gonçalves.-
Al llegar a las cercanías de los terrenos asignados, los colonos debían abrir a fuerza de machetes los caminos para poder comenzar a despejar la tupida vegetación, pasaban meses y meses de esforzado trabajo, antes de poder levantar una pequeña habitación y sembrar el primer cultivo de maíz.-
El gobierno de Brasil les asignaba 25 hectáreas por familia, las cuales debían despejar, sembrar y construir vivienda en un tiempo determinado.- También se contrataba a los colonos como obreros para abrir caminos, durante medio tiempo, así recibían una ayuda económica que financiaba los gastos iniciales de instalación.-
Se les había prometido herramientas, semillas, madera en tablones, un arado, y un par de animales como vaca y caballo, para iniciar las labores ganaderas.- Esto muchas veces se cumplió en parte o otras veces nada recibieron.- Los colonos que habían logrado juntar algún patrimonio monetario, pudieron adquirir elementos de labranza en Porto Alegre o bien pagar los abusivos precios que le cobraban los comerciantes que recorrían con sus atestados carromatos las nacientes colonias.-
El trabajo era arduo por lo cual se realizaba en grupos, los hombres adultos formaban cuadrillas para limpiar los terrenos cubiertos por la densa vegetación de la llamada Mata Atlántica.- Los colonos italianos se instalaron en zonas que van de los 600 a los 1.100 metros de altitud, donde el clima es suave en verano y mas fresco en invierno, pero no tiene las temperaturas extremas de la costa, además la región de Río Grande do Sul es la mas alejada del Ecuador en el territorio brasilero, siendo la que posee el clima mas frío.-
Las cuadrillas viajaban un día y mas para trabajar en la limpieza de los terrenos, lo cual hacía que formaran verdaderas expediciones que duraban siete o diez días de trabajo en el lugar a despejar, instalaban un precario campamento donde poder dormir y comer, trabajaban de sol a sol y luego de esa semana de intenso trabajo, regresaban a los barracones, donde aguardaban las mujeres y niños.-
Aquí venía un trabajo arduo para las mujeres, el cual consistía en lavar toda la ropa ocupada en las faenas anteriores, grandes ollas hervían kilos y kilos de ropa, pues se hacia en forma común y por lo general eran un par de días que tardaba este lavado.- Los hombres descansaban y se aprovisionaban, para luego volver a planificar una nueva expedición de limpieza.-
Las familias poco a poco se instalaban en los terrenos despejados y comenzaron a levantar las primeras viviendas.-
Luego vino la aventura de cultivar la tierra y comenzar a conocer los ciclos de la naturaleza, entender las épocas de lluvia, las épocas secas y tantos detalles que había que considerar al momento de enterrar un grano con la esperanza de que la cosecha fuera la justa retribución a tanto esfuerzo.-
A fines de 1893 vino un nuevo integrante a la familia, Lino Colpo Tasca (mi abuelo), ya estaban instalados en la zona de Guaporé, lugar en el cual se estableció el grupo venido de Conco y sus cercanías.- También había familias de otros pueblos del Veneto como Rovigo, Bassano,...
Comenzaron los cultivos de maíz en la región circundante, en otros sectores de mayor altitud se plantaron las vides para dar origen a los vinos tradicionales.-
El 19 de marzo de 1884 nació la primera niña de la familia Colpo Tasca, vino al mundo bajo el cielo de Brasil, Fiorina.- Dos años después vino un nuevo hijo, el 19 de marzo de 1886 nació José.-
Antonio nació en 1898, luego vino Regildo el 07 de septiembre de 1899, le siguió Demetrio el 10 de octubre de 1900, Luigi el 04 de marzo de 1902.-
Los varones de la familia ya eran varios y algunos tenían edad para ayudar en algunas tareas del campo, como era la siembra.- Giovanni partía con varios de ellos para que colocaran los granos de maíz uno a uno, cuando él abría la tierra con el arado.- Caminaban detrás de su padre, colocaban un grano en la tierra blanda y luego otro hermano pisaba para cubrir la semilla.- Si el día era largo y agotador para un hombre de treinta y tantos años, para los niños de pocos años era extenuante.- Cuando el padre estaba ocupado en otra parte del campo, los niños colocaban varios granos de una vez y a veces puñados, con la secreta esperanza que terminándose los granos a plantar, se terminaba la dura jornada.-
El resultado de tan ingenua solución quedaba a la vista cuando comenzaba a brotar el maíz y los grupos de nacientes matas luchaban por ganar terreno quedando en algunos lugares del maizal verdaderos arbustos apretados formados por cañas, hojas y frutos.-
Giovanni buscaba la forma de recordarles que el maíz se plantaba grano por grano…
La familia continúo creciendo y nacieron, Rosa el 25 de noviembre de 1904, Ángela el 25 de noviembre de 1905 y Victoria el 14 de julio de 1906, siendo la última de esta larga lista de hermanos.-
La tierra fue generosa con las cosechas, los frutos obtenidos eran abundantes, se disponía de mucho maíz, con el cual se comenzó a buscar financiar otras actividades como ganadería y lechería.-
Tratar de colocar el producto de las cosechas en Porto Alegre fue un gran desafío, los caminos eran malos y no había ferrocarril que diera acceso expedito al puerto, por lo cual se recurrió al transporte fluvial, pero este resultaba limitado por el tamaño de las embarcaciones que podían navegar los ríos regionales.-
Al mismo tiempo que florecían las colonias del sur de Brasil, lo hacían las de Uruguay y especialmente las de Argentina.-
La competencia con el grano venido desde otras colonias y sobre todo con el trigo de Argentina que inundaba los mercados, hizo que los productos originados al interior de Río Grande do Sul resultaran caros y no tuvieran compradores.-
Luego de 13 años de instalados en la región, la situación se hizo crítica, los problemas de comunicación, infraestructura y comercialización de las cosechas, llevaron a algunas colonias a moverse a otras regiones del Brasil, Uruguay, Argentina y Chile.-
2.Viaje de Italia a Brasil (1893)
Giovanni Colpo Zampeze nació en Conco en 1866.- Su padre se llamaba Giovanni Colpo y su madre Antonia Zampeze.- El pequeño pueblo medieval de Conco se aferra a las verdes montañas al interior de la zona de Vicenza, al centro de la región del Veneto.- Sus calles empedradas fueron testigos de los primeros años de vida de Giovanni, su padre era agricultor y su hijo heredó el oficio.- Cuando ya era un hombre de 20 años, el trabajo duro del campo lo había formado como una persona perseverante y esforzada.- Era alto, de tez clara, cabello castaño y profundos ojos azules, de cuerpo fornido.- Por esos años conoció a Rosario Corona Tasca Merlo, originaria de la localidad de Varorina, lugar cercano a Conco, en la misma región.- Ella era menuda, de pelo oscuro y tez clara, su cuerpo pequeño sin embargo guardaba una fuerza que la vida colocaría a prueba a cada instante.-
Era una época dura para los agricultores, la modernización del campo italiano ya había comenzado, la introducción de maquinaria que reemplazaba la mano de obra y los cambios sociales que se habían iniciado con la unificación del reino de Italia hace unos cuantos años, hacía cada día mas difícil la vida de estos pequeños agricultores.- Muchos trabajaban bajo el sistema de arriendo de tierras el cual pagaban con parte de la cosecha, pero la competencia con los grandes hacendados los dejaba fuera de poder negociar su producción y año tras año la pobreza se hacía mas fuerte.-
En 1888 nació el primer hijo, Marco, quién sin saberlo encabezaba una larga lista de hermanos, los cuales vendrían en los próximos 20 años.-
En medio de esta situación de pobreza y al borde de la hambruna, aparecieron algunos personajes que contaban historias de maravillas y riquezas que se podían conseguir al otro lado del mundo, en América.-
Los agentes del gobierno brasilero, recorrían los villorrios y campos, hablando de esas maravillas que esperaban a todos aquellos que se atrevieran con la aventura de cruzar el Atlántico.-
Al futuro colono se le ofrecía, pasaje en barco en tercera clase, contrato de trabajo por los primeros años, terrenos que debían limpiar y cultivar, para más tarde pagar a un valor muy menor.- También estaba el ofrecimiento de trabajar contratado en los cafetales a cambio de un salario, vivienda y comida.-
Se daba preferencia a los grupos familiares, lo cual hizo que en muchos lugares el viaje fuera emprendido por pueblos completos y zonas agrícolas quedarán despobladas.-
Giovanni y su naciente familia sufrían los embates del invierno, junto a Corona se sumaron a muchos de su pueblo y lo primero fue sacar pasaporte, para lo cual viajaron en diciembre de 1882 a la localidad de Bassano, donde el Real Comisario, representante del gobierno Italiano les entregó el documento.- Ya habían dado el primer paso.-
Luego vino la organización del viaje, El jefe de familia firmó un contrato con el agente que representaba al gobierno de Brasil, ante el cual se comprometían a presentarse en el puerto de Génova y formalizar allí su calidad de colonos, recibir su pasaje para el barco y la información del destino al cual llegarían.-
Los preparativos en el pueblo fueron muy rápido, se vendió lo que se pudo, a la casa se le puso candado pues nadie compraba propiedades, todos se marchaban hacia América.- La emigración dejó a Conco casi despoblado, muchas familias partieron completas e incluso hasta el sacerdote del pueblo partió junto a sus feligreses.-
El viaje se realizó en carreta para las mujeres, los niños y los pocos bienes que podían llevar, también cargaban alimentos, pues sabían que estos eran escasos y caros en este trayecto hasta Génova.- Los hombres viajaban a caballos, pocos poseían ese animal, la gran mayoría viajo a pie.- Este viaje tomaba varios días y hasta semanas, pero la primera meta era cercana aunque no por eso amigable y conocida.-
El invierno arreciaba, el norte de Italia era azotado por las tempestades de nieve y hielo.-
La mayoría de los colonos eran personas del interior del territorio italiano, nunca habían visto el mar, menos un barco de las dimensiones que tenían los vapores de carga y pasajeros.-
Una vez que arribaban a la zona portuaria, tenían que ir a las oficinas del Agente de Colonización y allí les daban la fecha del zarpe, los pasajes y la información del lugar al cual irían a establecerse en Brasil.- La espera del zarpe, hacía que las familias de emigrantes buscaran refugio en hospederías, las cuales lucraban elevando los precios de alojamiento y comida.- Las condiciones de hacinamientos eran propicias para contraer enfermedades.-
La prostitución y los bares clandestinos daban origen a tugurios que florecían al amparo de oscuros personajes que manejaban los contactos para facilitar el enganche de colonos libres, inventar familias y antecedentes que avalaran la moral necesaria para ser embarcados.-
El embarque era confuso, jamás se habían subido a un barco, no sabían leer y hablaban dialecto, lo cual les hacía depender de personas que se ofrecían para ayudarlos y cuyo único fin era robarles sus ahorros y pertenencias de valor.-
Una vez instalados a bordo, venían a dimensionar que estarían casi un mes en ese camarote y que las emociones de la partida, poco a poco se diluían dando paso a la nostalgia, la incertidumbre y el miedo a lo desconocido.-
Desde la cubierta, Giovanni, Rosario Corona y el pequeño Marco que ya contaba 4 años, veían alejarse la costa, “La Lanterna” el faro de Génova en la salida del puerto les daba la despedida, ninguno volvería a esa tierra.-
El viaje se realizaba en tercera clase, camarotes estrechos, oscuros, húmedos, con condiciones higiénicas precarias, muchas veces compartiendo cubierta con animales domésticos.- La comida a bordo era monótona, basada en cereales, legumbres y carne seca, la ausencia de vegetales y fruta fresca provocaba dolencias que hacían el viaje interminable.- Los que fallecían a bordo, eran sepultados en el mar.-
Se navegaba primero por el mar Mediterráneo, pasando frente a Gibraltar y de allí entraban al océano Atlántico para enfilar hacia el hemisferio sur.-
Cuando el buen tiempo acompañaba la travesía, los hombres subían a cubierta y las mujeres y niños quedaban en los camarotes.- Los últimos días del viaje transcurrían a través de un clima tropical, se cruzaba la imaginaria línea del Ecuador, el intenso calor y la humedad hacía largos los últimos días de la navegación.-
Las mujeres sufrían por las pesadas ropas, los vestidos eran hasta la base del tobillo, hechos de telas gruesas, mucha lana, la ropa interior era ajustada y de varias capas, acostumbraban además usar un chal encima de los hombros, los desmayos eran frecuentes.-
Giovanni y su familia llegaron en 05 de febrero de 1893 a Brasil,
La primera imagen de América fue la Bahía de Guanábana en Río de Janeiro.- El barco se dirigió a la “Ilha das Flores”, lugar habilitado con una hostería para realizar el control de los inmigrantes.- Allí pisaron tierra, un sitio donde las temperaturas llegaban a 40º y donde las palmeras adornaban una construcción levantada con muchos dormitorios, grandes salones y extensos comedores y sobre todo muchos baños, para poder higienizar a cientos y cientos de personas que habían viajado un mes en precarias condiciones.-
Allí cumplían la cuarentena obligatoria, para luego retomar viaje hacia el destino final.-
Luego de cumplido el mencionado periodo de 40 días, el viaje continuaba en barco, viajaron en una nave llamada “Iris” la cual realizaba el servicio de cabotaje bordeando la costa hasta llegar al puerto de Santos, la mayoría de los inmigrantes desembarcaba en este puerto, pues los contratos eran para establecerse en Sao Paulo y sus alrededores, emprendían un viaje en tren hasta la Hostería de Inmigrantes de Sao Paulo.-
Otros siguieron navegando hacia el sur, ingresando al territorio de Río Grande do Sul por la ciudad capital, Porto Alegre.- Allí eran recibidos en una hostería instalada en una antigua construcción colonial ubicada en el centro de esta floreciente ciudad.-
El viaje al interior de la región se iniciaba con una navegación fluvial con la cual se recorrían 100 Km., de allí se pasaba a las carretas tiradas por bueyes, las cuales llevaban las escasas pertenencias, las mujeres y los niños, los hombres viajaban a pie.- Este trayecto en carreta podía ser de 60, 80 o 100 Km., por una senda abierta en la frondosa floresta nativa.-Se llegaba a lo que en el futuro sería el centro administrativo, esperaban a los colonos los “Barracones”, unas extensas construcciones de madera para albergar en forma comunitaria a todas las familias.- Allí estaban los dormitorios y el comedor, todo bajo un mismo techo, a cada familia se le asignaba una habitación que era el dormitorio que ocupaban las mujeres y los niños, los hombres dormía en una cama ubicada frente a la puerta de la habitación en el pasillo.- La cocina era una construcción anexa en un extremo del barracón y en el otro extremo estaban los baños.-
Tres meses después de dejar su natal Conco, Giovanni y su familia estaban en lo que sería su nuevo hogar.-
Brasil en la segunda mitad del siglo XIX dio la libertad a sus esclavos, primero a través de la ley de libertad de vientre, todo ser humano que nace en territorio de Brasil es libre y luego mas tarde ocurrió la abolición definitiva (1888).- La situación generada por la libertad de los esclavos produjo grandes cambios sociales y económicos, pues gran parte de la riqueza se originaba en la agricultura.-
La falta de mano de obra y el deseo de establecer colonias en su extenso territorio, llevaron al estado brasilero a impulsar una campaña de captación de colonos en Europa.-
A Brasil llegaron mas de un millón y medio de italianos en 100 años de emigración, pero entre 1887 y 1902 llegó la gran mayoría, sobre 900 mil.- El 30 % de ese millón y medio, provino del Veneto, la región de Italia que mas emigrantes aportó a Brasil.-
Los habitantes del Veneto hablaban su dialecto y no el italiano, lo cual sin duda generaba problemas de comunicación con otros emigrantes, pero también ayudaba a mantener los lazos sociales y familiares ante las adversidades.-
1.Prologo: Un Golpe de Suerte
Mis abuelos fallecieron mucho antes de que yo naciera, nunca conocí algún personaje que se acercara al estereotipo de abuelo o que tuviese algún asomo de acumular edad.- Mis abuelos eran personajes que me miraban desde antiguas fotografías que colgaban de las paredes de mi casa o de la casa de mis tías maternas, aparecían como seres extraños cuando hurgaba el álbum fotográfico familiar buscando que los mayores contaran historias pasadas.- Casi sin darme cuenta la niñez se guardó junto a las fotos.-
La misma pregunta estaba siempre presente desde niño hasta adulto, ¿el Abuelo Lino Colpo, era hijo único?, la respuesta también era la misma: Si, era hijo único.-
Crecí convencido en parte, de esta falta de parientes, a lo cual la vida condena cuando la descendencia se ajusta a una persona.- Mis tías maternas no tuvieron hijos por lo cual tampoco tuve primos.-
Mi Madre falleció a los 80 años y con su partida sentí que la familia cada vez era mas pequeña, pero había una fuerza que me avisaba que debía hacer algo y buscar la historia de quienes me antecedieron o de lo contrario estarían muertos de verdad o sea olvidados.-
Mi búsqueda me ha llevado a viajar por cientos de archivos, pero lo mas importante es que he encontrado personas maravillosas y sobre todo descubrir que tengo una familia muy extensa, pues mi Abuelo Lino Colpo Tasca tuvo 10 hermanos y la descendencia de todos ellos llega hoy a cerca de 500 personas.- Muchos parientes ya no llevan el apellido Colpo, otros tantos si lo llevamos, pero todos somos descendientes de este grupo de colonos que con tesón y mucha fe viajaron desde Italia a Brasil y desde allí a Chile, en busca de un futuro que les brindara en ansiado progreso que América encarnaba en su nombre.- Las líneas que siguen cuentan las experiencias vividas…
Mis abuelos fallecieron mucho antes de que yo naciera, nunca conocí algún personaje que se acercara al estereotipo de abuelo o que tuviese algún asomo de acumular edad.- Mis abuelos eran personajes que me miraban desde antiguas fotografías que colgaban de las paredes de mi casa o de la casa de mis tías maternas, aparecían como seres extraños cuando hurgaba el álbum fotográfico familiar buscando que los mayores contaran historias pasadas.- Casi sin darme cuenta la niñez se guardó junto a las fotos.-
La misma pregunta estaba siempre presente desde niño hasta adulto, ¿el Abuelo Lino Colpo, era hijo único?, la respuesta también era la misma: Si, era hijo único.-
Crecí convencido en parte, de esta falta de parientes, a lo cual la vida condena cuando la descendencia se ajusta a una persona.- Mis tías maternas no tuvieron hijos por lo cual tampoco tuve primos.-
Mi Madre falleció a los 80 años y con su partida sentí que la familia cada vez era mas pequeña, pero había una fuerza que me avisaba que debía hacer algo y buscar la historia de quienes me antecedieron o de lo contrario estarían muertos de verdad o sea olvidados.-
Mi búsqueda me ha llevado a viajar por cientos de archivos, pero lo mas importante es que he encontrado personas maravillosas y sobre todo descubrir que tengo una familia muy extensa, pues mi Abuelo Lino Colpo Tasca tuvo 10 hermanos y la descendencia de todos ellos llega hoy a cerca de 500 personas.- Muchos parientes ya no llevan el apellido Colpo, otros tantos si lo llevamos, pero todos somos descendientes de este grupo de colonos que con tesón y mucha fe viajaron desde Italia a Brasil y desde allí a Chile, en busca de un futuro que les brindara en ansiado progreso que América encarnaba en su nombre.- Las líneas que siguen cuentan las experiencias vividas…
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